24 DE DEZEMBRO – VIGÍLIA DE NATAL
(Igreja Estacional – Santa Maria Maior)
«Hoje sabereis que o Senhor virá, e amanhã vereis a sua glória».
Nos tempos antigos preparavam-se os fiéis para as grades solenidades, passando a noite anterior, ou parte dela, em orações e cânticos, jejuando e fazendo penitência. Chamaram-se vigílias as essas práticas noturnas e esse nome foi conservado, quando, mais tarde, essas práticas de penitência foram feitas durante o dia que prece a festa. Na medida das nossas condições pessoais, e por conseguinte, da participação a essas penitências, colheremos também frutos mais ou menos abundantes destas solenidades.
Maria Santíssima guiou nossos passos durante o Tempo do Advento. É justo que reunidos em sua igreja (Estação), junto ao presépio, esperemos com ela o Salvador.
Entre todas as vigílias, as de Natal e Páscoa têm sido sempre as mais caras ao espírito cristão, por serem as mais significativas para a vida da Igreja. Eis os motivos porque os fiéis, nestes dias, não devem perder o ensejo de participar do santo Sacrifício da Missa.
Com as palavras com que Moisés anunciou ao povo, no deserto, a chva do maná (alimento) que era uma figura da Eucaristia, anuncia-nos a Igreja, no Cântico de Entrada, a vinda do Senhor.
Este Senhor é o verdadeiro Maná, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem (Epístola), nascido da Virgem Maria por virtude do Espírito Santo (Evangelho). No ofertório da santa Missa vamos ao encontro do Rei da Glória e Ele se revelará a todos os corações na santa Comunhão. E se assim, de ano em ano, O esperamos com alegria como Redentor, também poderemos esperá-Lo com muita confiança como Juiz que há de vir. É o que pedimos na Oração.
(Fonte: livro Missal Quotidiano, D. Beda Keckeisen, OSB, Editora Beneditina Ltda, Salvador/BA, 1967, pp. 58-59 – Texto revisto e atualizado)