Devoção Mariana

24 DE MAIO – DIA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA

Nossa Senhora Auxiliadora

24 DE MAIO – DIA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA

Nossa Senhora Auxiliadora é uma das formas de devoção da Virgem Maria, que remonta à vitória da Armada Cristã em 1571, comandada por Dom João da Áustria, que, invocando o auxílio da Virgem, afastou o perigo maometano da Europa. Em agradecimento, Pio V incluiu na ladainha o título de “Auxiliadora dos Cristãos”.

A festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi promulgada por Pio VII, no ano de 1816, tão logo foi libertado do cativeiro a ele imposto por Napoleão Bonaparte.

O nome “Maria Auxiliadora” é bastante popular entre os católicos, sendo bastante usual como antroponímico. Em Porto Alegre, o bairro “Auxiliadora” é nomeado em sua homenagem, e em Campinas o Liceu Salesiano tem seu nome.

A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA

Quadro de Nossa Senhora Auxiliadora. Idealizado por Dom Bosco. obra do pintor Tommaso Lorenzone. Basílica Nossa Senhora Auxiliadora (Turim-Itália)


A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.

Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.

Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, pouco tempo eleito depois de eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.

Mais tarde também foi criada a “Pia União de Maria Auxiliadora”, com raízes em um bonito quadro alemão.

E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO.

Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Europeia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas.

Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.

Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.

Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D. Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.

E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.

Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D. Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.

Sonho profético de Dom Bosco


Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.

Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso“.

ORAÇÃO LITÂNICA

(de uma oração de S. João Bosco)

Ó Maria, Virgem santa e poderosa, rogai por nós.

Vós, grande e ilustre defensora da Igreja, rogai por nós.

Vós, auxílio admirável dos cristãos, rogai por nós.

Vós, terrível como exército em forma de batalha, rogai por nós.

Vós, que destruístes todos os erros do mundo, rogai por nós.

Vós, que nos socorreis nas angústias, nas lutas, nas necessidades, rogai por nós.

Vós, nossa defesa do inimigo infernal, rogai por nós.

Vós, conforto na hora de nossa morte, rogai por nós.

BÊNÇÃO DE MARIA AUXILIADORA

P/ A nossa proteção está no nome do Senhor

T/ Que fez o céu e a terra

Ave Maria

P/ À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

P/ Maria Auxiliadora dos Cristãos

T/ Rogai por nós.

P/ Ouvi, Senhor, minha oração

T/ E chegue a vós meu clamor.

P/ O Senhor esteja convosco.

T/ Ele esta no meio de nós.

P/ Oremos.

Senhor eterno e onipotente, que pela intervenção do Espírito Santo, vos

dignastes preparar o corpo e a alma da gloriosa Virgem e Mãe Maria para digna morada do vosso Filho, fazei que sejamos livres da morte eterna e dos males que nos rodeiam pela intercessão daquela cuja lembrança (comemoração) hoje nos alegra. Por Cristo nosso Senhor.

T/ Amém.

(e com água benta asperge as pessoas que recebem a bênção)

A benção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo, desça sobre vós (ti) e permaneça para sempre.

T/ Amém.

Ou

P/ Oremos.

Senhor Jesus, vós que destes a D. Bosco como Mãe, Mestra e Auxiliadora, a mesma vossa Mãe santíssima, e por meio dela lhe indicastes o campo da missão, inspirando-o a fundar nossa Sociedade; continuai a olhar com benevolência esta vossa Família, e fazei que sintamos sempre viva entre nós a presença e a obra de Maria “Mãe da Igreja e Auxiliadora dos cristãos”. Entregues a ela e sob sua guia, dai-nos ser entre os jovens testemunhas do vosso inexaurível amor.

T/ Amém.

(Fontes: 1. texto: blog Pale Ideas – Texto revisto e destaques acrescentados; 2. orações: opúsculo Em Diálogo com o Senhor Guia à Oração dos Salesianos de Dom Bosco, Editora Dom Bosco, 2013, Terceira parte, pp. 113-114)

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