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30 DE JANEIRO – BEM-AVENTURADO DOM COLUMBA MARMION, ABADE

30 DE JANEIRO – BEM-AVENTURADO DOM COLUMBA MARMION, ABADE

Beato Dom Columba Marmion (1858-1923)

O Beato Columba Marmion nasceu em Dublin (Irlanda), a 1º de abril de 1858 e foi batizado com o nome de José. O pai era irlandês e a mãe era francesa. Tornou-se sacerdote da diocese de Dublin em 1881, após ter concluído brilhantemente os estudos teológicos em Roma. Descobriu a vida beneditina durante a permanência por alguns dias em Maredsous, na Bélgica, abadia fundada em 1872 pelo Mosteiro de Beuron (Alemanha), um dos centros que favoreceram na Igreja o retorno às fontes bíblicas, litúrgicas, patrísticas, ecumênicas : ideal fascinante para o jovem irlandês de alma missionária e contemplativa. Ingressou em Maredsous em 1886, fazendo sua profissão a 10 de fevereiro de 1891. Foi cogitada sua vinda ao Brasil (Olinda), em 1896, para ajudar Dom Gerardo van Caloen e demais monges alemães e belgas que no ano anterior tinham iniciado a restauração da vida monástica do nosso país. Declarou-se disponível, mas no fim seu abade não desejou sua saída de Bélgica. Já abade, escreverá a Dom Gerardo: ‘A obra (de restauração) do Brasil tem as minhas simpatias mais sinceras e quero favorecer toda verdadeira vocação (para aí)’ – carta de 20.10.1909. Dom Columba será enviado a Louvain em 1899 para auxiliar na fundação da Abadia de Mont-César. Aí desenvolveu seus dons de pregador e de diretor espiritual, tornando-se confessor, confidente e amigo do futuro cardeal Mercier, primaz da Bélgica. Foi eleito Abade de Maredsous em setembro de 1909, ocupando o cargo até a morte, a 30 de janeiro de 1923.

Em 1971 foi publicada uma versão escrita de suas conferências espirituais, ‘Jesus Cristo, vida da alma’, seguido de ‘Jesus Cristo nos seus mistérios’ e de ‘Jesus Cristo, ideal do monge’. Todos estes livros tiveram uma influencia considerável na formação espiritual de seminaristas, do clero, dos religiosos e religiosas, dos leigos, também no Brasil. É considerado um dos grandes mestres espirituais do século XX.

Dom Columba Marmion foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em Roma, a 3 de setembro de 2000, no contexto do Ano Santo, juntamente com os Papas Pio IX, João XXIII, o arcebispo de Gênova, Tomas Reggio e o sacerdote francês Guilherme José Chaminade. Sua comemoração litúrgica é feita a 3 de outubro (mas nos mosteiros do Brasil, com autorização da Santa Sé, a 30 de janeiro).

‘Dom Marmion – disse João Paulo II na cerimônia de beatificação – deixou-nos um autêntico tesouro de ensino espiritual para a Igreja do nosso tempo. Nos seus escritos, ele ensina um caminho de santidade, simples e portanto exigente, para todos os fiéis que Deus, por amor, destinou para serem seus filhos adotivos em Jesus Cristo (cf. Ef 1, 5). Jesus Cristo, nosso Redentor, fonte de toda a graça, está no centro da nossa vida espiritual, é o nosso modelo de santidade’.

Alguns pensamentos tirados dos escritos do Beato Columba Marmion:

A adoção filial

É a todos os filhos de adoção, a todos os que são irmãos de Jesus pela graça santificante, que o Espírito Santo foi dado. Tal Dom é divino e contém os dons mais preciosos de vida e de santidade : por isso sua efusão em nós é uma fonte de alegria que enche todo o mundo (Jesus Cristo em seus mistérios).

Imitar Jesus

Cristo é o modelo perfeito de nossa santidade. Deus encontra nele todas as suas delícias. E as encontra em nós, na medida de nossa semelhança com Jesus (A união com Deus).

Cristo, meu próximo

Eu não tenho receio de dizer que uma alma que se eleva sobrenaturalmente, sem reservas, em direção a Cristo na pessoa do próximo, ama muito a Cristo e por ele é infinitamente amada; ela fará grandes progressos na união com Nosso Senhor (Jesus Cristo, vida da alma).

A chamada beneditina e o Evangelho

A espiritualidade de São Bento provém diretamente do Evangelho; a grandeza, a simplicidade, o vigor e a suavidade derivam dessa fonte e tornam-se um traço característico dela (Jesus Cristo, ideal do monge).

A perfeição do monge

Estou cada vez mais persuadido que a perfeição do monge é expressa nas palavras de São Francisco de Sales : ‘nada desejar, nada pedir, nada recusar’ (carta a Dom Gerardo van Caloen, 1897).

 

(Fonte: blog Pérolas Finas)

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