Devoção Mariana
8 DE MAIO – TRADICIONAL DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA, ATRAVÉS DA ORAÇÃO DE SÚPLICA
8 DE MAIO – TRADICIONAL DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA, ATRAVÉS DA ORAÇÃO DE SÚPLICA
Breve dados históricos[1]: “Durante o tempo em que a igreja estava sendo construída [Santuário de Pompeia], Bartolo Longo começou a empreender muitas obras de caridade. Ele e sua mulher fundaram um orfanato para meninas. As primeiras crianças ali recebidas foram quinze pequenas órfãs, uma para cada dezena do Rosário. Fundou também um albergue para rapazes filhos de prisioneiros e um albergue semelhante para as moças. Fundou as Filhas do Sagrado Rosário de Pompeia, um instituto religioso feminino, para cuidar do santuário e das casas adjuntas. Fundo, ainda, os Terciários Dominicanos, perto do santuário.
Uma devoção especial conhecida como ‘Súplica à Rainha das Vitórias’, foi iniciada em outubro de 1883 e é recitada pelo mundo todo, especialmente no dia 8 de maio e no primeiro domingo de outubro. Essa devoção inclui um pedido que se acredita ter sido feito por Nossa Senhora a uma das crianças curadas em Pompeia:
‘Quem quer que deseje favores meus deve fazer três novenas de petição e três de agradecimento’.
No dia 21 de outubro de 1979, o Papa João Paulo II vistou Pompeia. A reunião foi uma peregrinação nacional a Nossa Senhora de Pompeia. No dia 26 de outubro de 1980, Bartolo Maria Longo foi beatificado por João Paulo II e denominado ‘o homem da Madona’ e ‘Apóstolo do Rosário’.
A imagem de Nossa Senhora do Rosário representa a longa tradição dos fiéis que se voltam para Maria em busca de refúgio e esperança em suas necessidades. Maria é o trono para seu pequeno filho, Jesus. Ele encontrou seu primeiro lar na terra em seu ventre e em seu colo. Maria assentava-se em um trono. Esse trono é a Igreja. Com seu divino Filho, Maria reina na Igreja e a partir da Igreja, sinal de continuação do céu na terra.
Mas que Igreja é essa? No segundo plano da pintura [do quadro milagroso], a Igreja é formada por linhas simples e modestas. O trono é de madeira, não de uma madeira custosamente esculpida, como as que na época podiam ser encontradas em casas ricas, mas de madeira do povo mais pobre. Os pés da Madona descansam em um pedestal simples, e não em uma almofada de veludo. O povo de Pompeia deseja honrar o Filho e sua Mãe erigindo um magnífico Santuário de pedra. Um santuário imponente, com decoração dourada e pedrarias, era a maneira como as pessoas daquele tempo expressavam seu amor e devoção. Bartolo Longo, entretanto, sabia que santuários de pedra devem ser construídos pelas pedras vivas da caridade e da paz. Era pensando nisso que ensinava o povo a rezar e a cuidar de suas necessidades.”
SÚPLICA À SANTÍSSIMA VIRGEM DO ROSÁRIO DE POMPEIA
(Reza-se no dia 08 de Maio e no primeiro Domingo de Outubro)[2]
Súplica aprovada pela sagrada Congregação dos Ritos. O Papa Leão XIII concedeu Indulgência de 07 anos e 07 quarentenas a quem, ao menos com coração contrito, a rezar devotamente no dia 08 de Maio ou no primeiro domingo de Outubro (Rescrito de 18 de Julho de 1887). Estas Indulgências foram confirmadas “in perpetuo” e declaradas aplicáveis às almas do Purgatório, por S. Pio X (Rescrito de 28 de Novembro de 1903).
Depois de exposto o Santíssimo Sacramento [se for recitada na igreja], faz-se o Sinal da Cruz:
Em nome do Pai ✟, do Filho ✟ e do Espírito Santo ✟. Amém.
I – Ó augusta Rainha das Vitórias, ó Virgem Soberana do Paraíso, a cujo nome poderoso exultam os céus e estremecem de terror os abismos. Ó Rainha gloriosa do Santíssimo Rosário, todos nós, vossos filhos ditosos, que a vossa bondade escolheu neste século para levantar-vos um templo em Pompeia, aqui estamos prostrados aos vossos pés, neste soleníssimo dia, da festa de vossos novos triunfos, na terra dos ídolos e dos demônios, com lágrimas vos tributamos os afetos do nosso coração e, com a confiança de filhos, vos expomos as nossas misérias.
Ah! Desse vosso trono de clemência, onde vos sentais como Rainha, volvei, ó Maria, vosso olhar piedoso para nós, para as nossas famílias, para o Brasil, para a América, para a Europa, e para toda a Igreja; tende compaixão das angústias em que nos achamos e dos trabalhos que amarguram nossas vidas. Vede ó Mãe, quantos perigos nos rodeiam a alma e o corpo; quantas calamidades e aflições nos oprimem! Ó Mãe, suspendei o braço da justiça do vosso Filho irritado e vencei com a clemência o coração dos pecadores: também eles são nossos irmãos e vossos filhos, custaram sangue ao amável Jesus, e dolorosos golpes ao vosso sensibilíssimo Coração. Hoje, mostrai a todos quem sois vós: Rainha da paz e do perdão.
Salve Rainha…
II – É verdade, é verdade que nós somos os primeiros, se bem que vossos filhos, a crucificar novamente a Jesus em nossos corações, com nossos pecados, e ferimos de novo o vosso Coração. Sim, confessamos que merecemos os mais duros castigos. Mas lembrai-vos que sobre o Gólgota recolhestes as últimas gotas daquele Divino Sangue e o último testamento do Redentor moribundo.
E aquele Testamento de um Deus, selado com o Sangue de um Homem-Deus, vos declarava Mãe nossa, Mãe dos pecadores: Vós, portanto, como nossa Mãe, sede nossa advogada, a nossa Esperança. E nós, gemendo, estendemos para Vós nossas mãos suplicantes clamando: misericórdia.
Tende piedade, ó boa Mãe, tende piedade de nós, das nossas almas, das nossas famílias, dos nossos parentes, dos nossos amigos, dos nossos irmãos falecidos, e, principalmente, dos nossos inimigos, e de todos aqueles que se dizem cristãos e, contudo, dilaceram o amável Coração do vosso Filho. Piedade, ó sim, Piedade imploramos hoje, para as nações extraviadas, para todo o Brasil, para toda a América, para toda a Europa, para todo o mundo, a fim de que, arrependido, volte ao vosso Coração. Misericórdia.
Salve Rainha…
III – Que vos custa, ó Maria, ouvir-nos? Que vos custa salvar-nos? Não colocou Jesus em vossas mãos todos os tesouros das suas graças, das suas misericórdias? Vós, como minha Rainha, vos sentais coroada à direita do vosso Filho, coberta de glória imortal, sobre todos os coros dos Anjos. O Vosso domínio abrange os céus e a terra, e todas as criaturas que nela habitam estão a vós sujeitas. O vosso domínio se estende até o inferno, e só vós nos podeis arrancar das mãos de Satanás, ó Maria. Vós sois onipotente por graça; vós, portanto, podeis nos salvar. E se dizeis que não nos quereis ajudar, porque somos filhos ingratos e indignos da vossa proteção, dizei ao menos a quem devemos recorrer para nos livrarmos de tantos flagelos. Ah! Não! O vosso Coração de Mãe não poderá ver vossos filhos perdidos. O Menino que vemos em vosso colo, a Coroa mística que contemplamos em vossa mão, nos inspiram confiança de que seremos ouvidos. E nós confiamos plenamente em vós, nos prostramo-nos a vossos pés, lançamo-nos como débeis crianças aos braços da mais terna das mães, e hoje mesmo, sim, hoje mesmo, esperamos obter de vós as graças desejadas.
Salve Rainha…
PEÇAMOS A BÊNÇÃO A MARIA
Agora vos pedimos uma última graça, ó Rainha, que não nos podeis negar neste dia soleníssimo. Concedei a todos nós o vosso constante amor e, de um modo especial, a vossa bênção maternal. Não, nós não nos levantaremos hoje de vossos pés, não nos afastaremos de vós enquanto não nos abençoardes. Abençoai, ó Maria, neste momento, o Sumo Pontífice. Aos primitivos louros da vossa Coroa, aos antigos triunfos do vosso Rosário, pelos quais sois chamada Rainha das Vitórias. Ah, acrescentai ainda este, ó Mãe: concedei à Religião o triunfo, e à sociedade humana, a paz. Abençoai o nosso (Arce)Bispo, os sacerdotes, e particularmente todos aqueles que zelam pela honra do Vosso Santuário. Abençoai, enfim, todos os Associados ao vosso templo em Pompeia, e todos aqueles que cultivam e promovem a devoção do vosso Santíssimo Rosário.
Ó Rosário bendito de Maria, doce Cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos; Torre de salvação nos assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio comum, nós nunca mais vos deixaremos. Vós sereis o nosso conforto na hora da agonia, a Vós, o último ósculo da vida se extingue. E a última palavra de nossos lábios moribundos será o vosso suave nome, ó Rainha do Rosário do Vale de Pompeia, ó nossa querida Mãe, ó refúgio único dos pecadores, ó soberana Consoladora dos aflitos. Sede por toda parte bendita, hoje e sempre, na terra e no Céu. Assim seja.
Ave Maria…
DEPOIS DO ROSÁRIO
Salve Rainha…
℣. Permiti que vos louve ó Virgem Sagrada.
℟. Dai-me força contra vossos inimigos.
℣. Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário.
℟. Para que sejamos dignos das promessas do Cristo.
Oremos. Ó Deus, cujo Filho Unigênito, com sua vida, morte e ressurreição, nos comprou os prêmios da vida eterna, concedei-nos, vo-lo pedimos, que recordando estes mistérios do Sacratíssimo Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria, imitemos o que contêm e alcancemos o que prometem. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amem.
PARA GANHAR AS INDULGÊNCIAS
Recomendamo-vos Senhor, a Igreja Vossa Esposa, o Sumo Pontífice, que é seu chefe visível, a exaltação e o triunfo da Igreja Católica, a extirpação da heresia e da idolatria, a paz entre os soberanos católicos, a conversão dos pecadores, todos os nossos parentes, amigos e inimigos, nossos benfeitores espirituais e temporais, todos os que se recomendaram às nossas orações, e especialmente os associados ao Santuário de Pompeia, e tudo em Sufrágio das almas santas do Purgatório.
1 Pai Nosso, Ave Maria e Glória, segundo a intenção do Sumo-Pontífice.
Nossa Senhora do Rosário de Pompeia,
Que fazeis florescer a virtude,
Que curais os enfermos,
Que consolais os aflitos,
Que socorreis eficazmente aqueles que vos invocam nos perigos,
Manancial inexaurível de graças e de bens para todos aqueles que vos invocam. Orai por nós.
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[1] cf. opúsculo Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, orgs. Pe. Francisco José Greco e Pe. Antonio Baldan Casal, edições Loyola, São Paulo/2001, pp. 16 a 18 (Texto revisto e atualizado).
[2] Oração de domínio público.
➱ Postado originariamente em maio de 2019.