16º DIA
Maria meu modelo
Maria e sua família
Maria compreendia o dever dos filhos para com seus pais. Separada dos seus desde tenra idade, guardava sempre no coração a lembrança da afeição que lhe tinham e a Imagem de seus traços. Não, Deus não quer nunca o esquecimento!
Maria respeitava a seus pais. Oh! quem dirá que sentimento de veneração lhes demonstrava nos dias felizes em que iam vê-la no tempo! Como escutava suas palavras, como mostrava apreço a tudo que eles diziam, como era obediente a todos os seus desejos!
Maria amava seus pais com esse amor de ternura que faz palpitar o coração junto daqueles a quem se ama; com esse amor de complacência que faz partilhar de todas as suas mágoas, de todas as suas alegrias, e que só procura adivinhar o que lhes pode ser agradável; com esse amor de compaixão que procura animar, fortalecer, consolar; com esse amor sobrenatural que faz orar por ele, que vai ate a dar-lhes, discreta e suavemente, conselhos para a sua santidade.
Oh! enquanto gozar adita de possuir meus pais, Maria, quero ser como vós, respeitoso e amante para com eles; e se a morte nos levar, quero sempre rogar por seu descanso eterno.
Pais muito amados, a quem muitas vezes penalizei, perdoai-me! Agora, se o puder, por minha docilidade aos vossos desejos, por minha submissão às vossas ordens, por minhas orações, ao menos, imitarei a Santa Virgem nas relações em que viveu com sua abençoada família.
EXEMPLO
Poder de uma filha de Maria
Na manhã de 7 de dezembro de 1888, último dia da novena com que as Filhas de Maria se preparam para a festa da Imaculada Conceição, o pregador discorria sobre o que uma jovem pode fazer com a exortação e o exemplo, e encerrou o discurso contando o caso de uma menina de 7 anos, de Lião que, ouvindo um missionário dizer que quem beijasse três vezes a medalha milagrosa, e três vezes recitasse a jaculatória — Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vos, — com certeza se converteria, pensou logo em experimentá-lo com o pai que era livre pensador. Chegando a casa com doce astúcia o fez ler três vezes a jaculatória que estava gravada no verso da medalha e lha fez beijar três vezes: e depois insistiu, que ele, comovido pelos rogos da filha, cedeu e voltou ao grêmio da Igreja.
(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)