NOVENA DA ASSUNÇÃO DE MARIA
(DE 06 A 14 DE AGOSTO – FESTA, 15 DE AGOSTO)
SEXTO DIA
A ASSUNÇÃO DE MARIA NA TEOLOGIA ESCOLÁSTICA [1]
“Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste.” (Lc 11,27)
Oração Inicial para todos os Dias:
– Deus, vinde em nosso auxílio.
– Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
– Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
– Ó Maria Assunta ao Céu.
– Rogai por nós!
Texto para Meditação (da Carta Apostólica do Papa Pio XII, que definiu o dogma da Assunção de Maria):
“…nos primórdios da teologia escolástica, o piedosíssimo varão Amadeu, bispo de Lausana, afirmava que a carne da virgem Maria permaneceu incorrupta – nem se pode crer que o seu corpo padecesse a corrupção -, porque se uniu de novo à alma, e juntamente com ela penetrou na corte celestial. ‘Pois ela era cheia de graça e bendita entre as mulheres (Lc 1,28). Só ela mereceu conceber o Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, e sendo virgem deu-o à luz, amamentou-o, trouxe-o no regaço, e prestou-lhe todos os cuidados maternos’.
Entre os escritores sagrados que naquele tempo com vários textos, comparações e analogias tiradas das divinas Letras, ilustraram e confirmaram a doutrina da assunção em que piamente acreditavam, ocupa lugar primordial o doutor evangélico s. Antônio de Pádua. Na festa da assunção, ao comentar aquelas palavras de Isaías: ‘glorificarei o lugar dos meus pés’ (Is 60,13), afirmou com segurança que o divino Redentor glorificou de modo mais perfeito a sua Mãe amantíssima, da qual tomara carne humana. ‘Daqui, vê-se claramente’, diz, ‘que o corpo da santíssima Virgem foi assunto ao céu, pois era o lugar dos pés do Senhor’. Pelo que, escreve o Salmista: ‘Erguei-vos, Senhor, para o vosso repouso, vós e a Arca da vossa santificação’. E assim como, acrescenta ainda, Jesus Cristo ressuscitou triunfante da morte e subiu para a direita do Pai, assim também ‘ressuscitou a Arca da sua santificação, quando neste dia a virgem Mãe foi assunta ao tálamo celestial’.”
– Breve pausa para meditação.
Oração para Todos os dias:
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Após Nove Ave Marias, reza-se a oração seguinte:
Dulcíssima Soberana, Mãe querida, deixastes então a terra ! . . . Já estais no vosso reino, onde dominais como Rainha sobre todos os coros dos anjos. Bem sabemos que miseráveis pecadores, como somos, não éramos dignos de vos possui neste vale de lágrimas; mas sabemos também que a vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria, e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta-se para nós, pobres filhos de Adão.
Do alto de vosso trono sublime em que reinais, volvei para nós, ó Maria, os vossos misericordiosos olhos, e tende compaixão de nós; recordai-Vos que, deixando este mundo, prometestes lembrar-Vos de nós. Ah! Olhai-nos e vinde em nosso socorro, vede a quantas tempestades e perigos estaremos sem cessar expostos até o fim da nossa vida.
Pelos merecimentos da vossa bem-aventurada morte, obtende-nos a santa perseverança na amizade de Deus, a fim de que possamos ir um dia beijar vossos pés no paraíso, e unir as nossas vozes a dos espíritos celestes para Vos louvar e cantar as vossas glória como o mereceis. Assim seja.
[1] Nossos, título e citação bíblica.
(Fontes: 1. texto: “Carta Apostólica ‘Munificentissimus Deus’”, Parágrafos 28/29 – http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html 2. oração: livro “As Mais Belas Orações de Santo Afonso”, tradução de D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes Ltda, 1961, Cap. IV – Exercícios durante o Ano, pp. 487/488 – Texto revisto e atualizado)