A COROA CARMELITANA
A Regra da Ordem Terceira do Carmo preceitua àqueles que não possam rezar o Oficio Parvo de Nossa Senhora, que rezem a Coroa Carmelitana, composta de vinte e cinco Pai Nossos e Ave Marias.
A Coroa Carmelitana se compõe de oito partes (horas canônicas): Matinas, Laudes, Prima, Tércia, Sexta, Noa, Vésperas e Completas. Em cada uma destas partes rezar-se-ão três Pai Nossos e três Ave Marias, menos nas Matinas, nas quais devem ser rezados quatro Pai Nossos e quatro Ave Marias.
É costume muito louvável, embora não seja prescrito pela Regra, iniciar e terminar a recitação da Coroa pela Salve Rainha. Muitos terceiros costumam, além disso, separar as diversas partes pelo Glória Pai.
Para satisfazer à Regra basta rezar a Coroa Carmelitana em qualquer hora do dia, de uma vez ou em partes. Entretanto, melhor e mais conforme ao espírito da santa Regra é a seguinte maneira de rezar:
As Matinas e as Laudes na vigília do dia ou na manhã do próprio dia.
As quatro Horas Menores, isto é: a Prima, a Tércia, a Sexta e a Noa, antes do meio dia.
As Vésperas e as Completas antes da meia noite.
Para as pessoas afeitas à meditação, servirão os seguintes mistérios da vida de Nossa Senhora como objeto de suas reflexões:
Nas Matinas pode-se meditar a Imaculada Conceição; nas Laudes a Natividade de Nossa Senhora; na Prima, a Apresentação de Maria Santíssima no templo; na Tércia a Anunciação do arcanjo Gabriel à SS. Virgem; na Sexta o nascimento de Jesus na gruta de Belém; em a Noa a dores da Mãe de Deus ao pé da cruz; nas Vésperas a gloriosa Assunção de Nossa Senhora ao céu e nas Completas sua glorificação na eternidade.
☛ NOTA: Atualmente as referidas horas costumam ser celebradas da seguinte forma: as Matinas, durante a noite; as Laudes, ao amanhecer do dia; a Prima, bem no início da manhã; a Tércia, às 9 horas; a Sexta, às 12 horas (meio-dia); a Noa, às 15 horas; as Vésperas, às 18 horas, e as Completas, imediatamente antes do descanso noturno.
(Fonte: in Novo Manual da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, Edição da Diretoria Provincial das Ordens Terceiras do Carmo, Convento do Carmo/RJ, 1950, pp. 295-296, obtido do blog Alexandria Católica – Texto revisto, atualizado e destaques acrescidos)