ÁGUA DE SANTO INÁCIO

Seu uso é aprovado e recomendado pelos papas, a partir de Pio IX, em 30 de agosto de 1866.

A tradição da Igreja sempre valorizou as expressões sensíveis da fé. São formas de oração, a partir de gestos bem concretos, que falam uma linguagem muito direta.

Os “sacramentais” são sinais sagrados pelos quais, imitando de certo modo os sacramentos, são expressos principalmente efeitos espirituais que se alcançam por súplica da Igreja. São instituídos pela Igreja em vista da santificação de alguns de seus ministérios, de certos estados de vida e de circunstâncias variadas da vida cristã, bem como do uso das coisas úteis ao ser humano.

O povo cristão entende muito bem o significado dos sacramentais, como a água benta. A água é indispensável para a vida dos seres humanos, dos animais, das plantas. Sem ela, tudo morre. Por isso, a água sempre foi sinal muito expressivo. Ela é usada no batismo para significar a vida nova. Jesus diz a Nicodemos que é preciso nascer de novo, pela água e pelo Espírito (Jo 3,5). Ele fala da água viva que saciará definitivamente nossa sede e se tornará, dentro de nós, fonte jorrando para a vida eterna (Jo 4,14).

O uso de água benta em vários contextos de fé deve ter sempre uma referência ao Batismo, à vida nova no Espírito, a essa água que Jesus promete para saciar nossa sede.

A água de Santo Inácio é um dos sacramentais usados na Igreja como forma concreta de expressar nossa fé em Deus. É água normal, sobre a qual o sacerdote reza a seguinte oração de bênção, pedindo a proteção de Deus por intercessão de Santo Inácio:

Deus, que operastes pela água os maiores mistérios da salvação dos homens, atendei, misericordioso, as nossas preces e derramai sobre esta “água de Santo Inácio” a força da vossa bênção, para que ela se torne instrumento das vossas graças e nos alcance perfeita saúde de alma e corpo, a fim de que, a exemplo e por intercessão de Santo Inácio, possamos em tudo amar e servir a Vossa Divina Majestade.

(Fonte: opúsculo Devocionário e Novena a Santo Inácio de Loyola, Pe. Danilo Mondoni e Pe. Rau/l Paiva, Edições Loyola, 2007, pp. 21/22)