DIÁLOGO COM SÃO PAULO

DIÁLOGO COM SÃO PAULO

Jesus Cristo diz de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo”. Nos lábios seus e nos lábios de seus apóstolos, em poucos anos, viu o mundo a formosura dessa luz e ficou envolvido em seus raios.

Duvidais? Interrogai S. Paulo, o gigante da verdade e do amor, o apóstolo que não descansa, a boca que não cala, as mãos que não desmaiam, o coração que nunca se apaga. Aí o tendes: interrogai-o.

– Santo Apóstolo, donde vens?

– Da Grécia.

– Percorreste a Arábia?

– Toda.

– Estiveste na Ásia?

– Cheguei às suas praias mais remotas.

– E visitaste Atenas?

– Falei no Areópago, bem como nas ruas de Corinto, de Tessalônica e Éfeso.

– Pensas em ir a Roma?

– Até lá chegarei. Tenho ardentes desejos de avistar-me com os césares do mundo.

– Estiveste na prisão?

– Muitas vezes.

– Sofreste naufrágios?

– Três vezes me vi nos abismos do mar.

– Estiveste em perigo de morte?

– Em muitos; a cada passo.

– Sofreste fome?

– Sim.

– Frio?

– Também.

– Ódios e calúnias

– Isso, toda a vida; prego a verdade e não me creem; prego o amor e odeiam-me.

– Santo Apóstolo, descansa!

– Não posso.

– Modera tuas energias.

– Tudo me parece pouco.

– És incompreensível.

– Sou a lógica, a lógica da verdade, a lógica do amor.

O Apóstolo cala-se um instante. Pensa. Levanta a cabeça e prossegue:

– Vi o meu divino Mestre. Conheci-o na estrada de Damasco. Compreendi que é a verdade, a luz. Levo-o no coração: é um fogo que me abrasa. Levo-o nos lábios: é uma luz que me guia e me arrebata. Poucos anos faz que andamos pelo mundo, eu e os demais Apóstolos, pregando a sua doutrina, anunciando a sua lei. Erguei os olhos e vede: a fé tem sido pregada em todo o universo. Jesus Cristo conquista toda a terra, porque ele é a luz, é o sol da verdade. Viva Jesus Cristo!

(Fonte: opúsculo Tesouros de Exemplos, Pe. Francisco Alves, C.SS.R, Editora Vozes, 2ª edição/1958, I Volume, pp. 145-146)

Sou Todo Teu Maria: “Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo.” (São Luis Maria de Montfort)