STABAT MATER DOLOROSA…
É um hino católico romano do século XVI, atribuído ao Papa Inocêncio III e, também, a Jacopone da Todi (1236-1306), uma meditação sobre o sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante Sua Crucifixão. O título é uma abreviatura da primeira linha, Stabat Mater dolorosa (Estava a Mãe dolorosa).
O Stabat Mater é, talvez, o mais poderoso poema e o mais imediato do latim medieval. Diversos compositores musicaram este texto, entre eles Giovanni Battista Pergolesi, Gioacchino Rossini, Antonín Dvorák, Krzysztof Penderecki e Karol Szymanowski. Foi uma das últimas composições de Giuseppe Verdi, seu Quattro Pezzi Sacri (1898).
EM PORTUGUÊS
Estava a mãe dolorosa
chorando junto da cruz
da qual seu Filho pendia.
Sua alma gemente,
inconsolável e angustiada,
era traspassada por um punhal.
Oh! que triste e aflita
estava a bendita Mãe
do Filho Unigênito!
Transpassada de dor,
chora vendo
o tormento do seu Filho.
Quem poderia conter as lágrimas
vendo a Mãe de Cristo
dolorida junto do seu Filho?
Quem poderia não se entristecer
ao contemplar a mãe de Cristo
sofrendo tamanho suplício?
Pelos pecados de seu povo
viu Jesus no tormento,
flagelado por seus súditos.
Viu seu doce Filho
morrendo, desolado
ao entregar seu espírito.
Oh, mãe, fonte de amor,
faz-me sentir toda a sua dor
para que eu chore contigo.
Faz com que meu coração arda
no amor por Cristo Senhor
para que eu possa consolá-lo.
Mãe santa, grava
profundamente no meu coração
as chagas do teu Filho crucificado.
Por mim o teu Filho coberto de chagas,
quis sofrer seus tormentos;
quero compartilhá-los.
Faz com que chore
e que padeça com Ele a sua cruz
enquanto dure a minha existência.
Quero estar de pé,
ao teu lado, junto da cruz,
chorando junto a ti.
Virgem das virgens esclarecida,
não sejas rigorosa comigo,
deixa-me chorar junto a ti.
Faz com que compartilhe a morte
de Cristo, que participe de sua Paixão
e que rememore as suas chagas.
Faz com que me firam as suas feridas,
com que sofra os padecimentos da cruz
pelo amor do teu Filho.
Inflamado e elevado pelas chamas
seja definido por ti, ó Virgem,
no dia do juízo final.
Faz com que seja custodiado pela cruz,
fortalecido pela morte de Cristo
e confortado pela sua graça.
Quando o corpo morra,
faz com que a minha alma alcance
a glória do paraíso.
Amém.
EM LATIM
Stabat mater dolorosa
iuxta Crucem lacrimosa,
dum pendebat Filius.
Cuius animam gementem,
contristatam et dolentem
pertransivit gladius.
O quam tristis et afflicta
fuit illa benedicta,
mater Unigeniti!
Quae maerebat et dolebat,
pia Mater, dum videbat
nati poenas inclyti.
Quis est homo qui non fleret,
matrem Christi si videret
in tanto supplicio?
Quis non posset contristari
Christi Matrem contemplari
dolentem cum Filio?
Pro peccatis suae gentis
vidit Iesum in tormentis,
et flagellis subditum.
Vidit suum dulcem Natum
moriendo desolatum,
dum emisit spiritum.
Eia, Mater, fons amoris
me sentire vim doloris
fac, ut tecum lugeam.
Fac, ut ardeat cor meum
in amando Christum Deum
ut sibi complaceam.
Sancta Mater, istud agas,
crucifixi fige plagas
cordi meo valide.
Tui Nati vulnerati,
tam dignati pro me pati,
poenas mecum divide.
Fac me tecum pie flere,
crucifixo condolere,
donec ego vixero.
Iuxta Crucem tecum stare,
et me tibi sociare
in planctu desidero.
Virgo virginum praeclara,
mihi iam non sis amara,
fac me tecum plangere.
Fac, ut portem Christi mortem,
passionis fac consortem,
et plagas recolere.
Fac me plagis vulnerari,
fac me Cruce inebriari,
et cruore Filii.
Flammis ne urar succensus,
per te, Virgo, sim defensus
in die iudicii.
Christe, cum sit hinc exire,
da per Matrem me venire
ad palmam victoriae.
Quando corpus morietur,
fac, ut animae donetur paradisi gloria.
Amen.
(Fonte: blog Pale Ideas – Tradição Católica!)