MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Vigésima Quinta Meditações

Santa Maria de Belém do Grão Pará

25º DIA

Maria meu modelo

Maria e os passatempos

A vida de Maria Santíssima era uma vida simples, comum; e aquele que não tivesse penetra no âmago de sua alma ou compreendido a causa da paz que se lhe irradiava no rosto, não teria visto nela senão uma mulher mais afável, mais corajosa, mais dedicada que as outras. Mas quedar-se-ia surpreso, se lhe houvessem dito: É a Mãe de Deus.

Maria trabalhava, orava, descansava, recreava-se e, nessas horas de repouso e de distrações, era tão santa e agradável a Deus como nas horas da oração.

Maria, criança, prestava-se voluntariamente às exigências de suas companheiras, sofrendo os caprichos de umas, tomando parte, para contentá-las, nos divertimentos inventados por outras, não recusando nunca um serviço nem uma palavra boa, e, sobretudo, não deixando passar nenhuma recreação sem fazer algum bem.

Maria, adolescente, mostrava-se, sempre e em toda parte, reservada, boa, modesta, prudente, dedicada, mormente no exercício da. caridade; chamava ao dever sem irritar o amor próprio, e não perdia nunca o sentimento da presença de Deus.

Maria, Mãe de Jesus, nunca deixava seu Filho muito amado; perto dele é que repousava; perto dele buscava o alivio para o peso de seu trabalho; perto dele sorria, modelo da afeição terna, dedicada e respeitosa de toda mãe cristã.

Ó Maria! reinai em meu pensamento, nas horas de repouso! Que eu seja com todos brando, diligente, dedicado e discreto: que sempre domine em mim o desejo de fazer o bem.

EXEMPLO

Conversão de uma protestante pela Ave Maria

Corria célere o trem de Munich a Augsburgo da Baviera. Encantadoras paisagens seguiam uma à outra; o sol do verão inundava a planície e as montanhas de’ luz e alegria, que visivelmente contrastavam com a tristeza estampada no rosto de uma das duas jovens que viajavam em um compartimento reservado a senhoras.

A companheira notava-o e, comovida, indagou discretamente o motivo. A primeira contou:

Educada em colégio de Religiosas tirara. o diploma de professora. Da primeira cadeira, porém, que obtivera, tinha ela voltado às Religiosas, para como Religiosa, dedicar suas energias a Jesus e à juventude estudiosa ao mesmo tempo. Admitida, gozava da doce e religiosa atmosfera do noviciado, quando, faltando poucas semanas para a profissão, sua melindrosa saúde a obrigou a voltar ao lar paterno.

A outra não soube ocultar sua surpresa. Não compreendo, — disse, pois, sou protestante; porém, ao meu ver, devia estar bem contente de ter escapado da prisão do claustro.

Vou ser professora também, sou normalista e já entrei no derradeiro exame. Hei de trabalhar muito, não há dúvida, para a juventude e para meu Deus, mas quero também folgar, gozar da mocidade. A senhora reze por mim, para que me saia bem no exame; esqueça sua mágoa e será feliz ainda. A católica agradecendo, o prometeu, pedindo, porém, que ela também devia se recomendar a Deus e bem podia recorrer à Mãe de Deus, dizendo todos os dias a Ave Maria.

Eu, rezar a Ave Maria? Eu, uma protestante? perguntou admirada a outra. E por que não? replicou a católica. Por ventura lhe é proibido dizer as palavras dulcíssimas que primeiro pronunciou o Arcanjo?

O trem parou. A normalista devia saltar. Despedindo-se, afetuosamente, prometeu experimentar a eficácia das palavras angélicas. — Três anos depois a católica recebeu uma carta de sua companheira de viagem em que se confessou imensamente feliz como católica, pela eficácia das Ave Marias.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

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