MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Trigésima Meditação

Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Padroeira do Brasil

30º DIA

Maria é a voz que me chama e me dirige

II. Deveres ordinários da vida.

Em todas as cousas exteriores, trabalho manual ou intelectual, refeições, visitas obrigadas ou simples distração, deixa penetrar em tua alma este –pensamento: Minha boa Mãe, velai sobre mim, trabalhai comigo; — falai comigo; — sofrei comigo; — vivei comigo!

Depois de uma falta: Minha Mãe, tenho sido fraco, esquecido, mau; volto a vossos pés, pedi perdão por mim, oferecei em expiação por mim a ação que pratico – e, na hora de minha confissão, dai-me o arrependimento sincero de minha falta!

Em todo tempo, conserva-te sossegado, calmo e afetuoso. — No prazer, agradece a Maria; na inquietação e no temor de algum acontecimento triste, aproxima-te ainda mais de Maria; na aflição, murmura suavemente o nome diletíssimo de Maria.

Não te aborrecerás de dizer:

Maria é minha mãe, eu lhe pertenço. — Maria é minha rainha, eu lhe obedeço.

Maria é minha soberana senhora, eu a sirvo.

Maria é minha mestra, eu a escuto. Maria é meu modelo, eu a imito.

Maria é meu sustentáculo, eu nela me amparo.

Maria é minha força, eu combato unido com ela.

Maria é meu refúgio, eu repouso em seu seio.

EXEMPLO

Morte edificante de uma devota de Nossa Senhora

Em qualquer idade é triste perder a vis- -ta, mas perdê-la quando a natureza ostenta os seus maiores encantos, é uma dor mais viva, e foi a que Júlia Veyret sofreu aos 12 anos.

Desejava ela ser admitida na Congregação da Santíssima Virgem, e o foi, antes mesmo da Idade fixada, no dia da Assunção, em 1865: Pela sua bondade e resignação admiráveis, merecera esta graça. Deus, porém, ia chamá-la mais alto: foi acometida de grave enfermidade, que fez desesperar da cura. A Irmã Saint-Charles, que fora sua mestra, lhe anunciou o perigo iminente; Júlia comungara inda nessa manhã, mas custou-lhe crer que a morte já viesse. Oremos, disse ela, para que o bom Deus me esclareça; e suas companheiras, ajoelhando-se em torno do leito, recitaram 7 Padre Nossos e 7 Ave Marias. Eram 9 horas; de repente, o rosto de Júlia se ilumina, ela sorri docemente: o céu lhe fez compreender que vai deixar este mundo. Entrando, nessa hora, na alcova, uma de suas tias, a doente lhe diz com alegria: Dou-te uma boa nova, irei breve para o céu. Pede que lhe preparem logo o seu vestido branco mais novo, e quer experimentar a capela com que lhe cingirão a cabeça. Falta a medalha: o Padre Diretor vai buscá-la, e Júlia recebe-a com sinais de alegria, apertando-a repetidas vezes. Antes de deixar a terra, quer despojar-se de todas as suas vaidades.

Continuou-se a orar com ela. Pelas três horas, disse às pessoas que lhe assistiam: Não posso mais orar; orai por mim. Recitai o ato de contrição! Alguns instantes depois, expirou, pronunciando uma última vez os nomes sagrados de Jesus, Maria, José. Ainda não tinha quinze anos. Quando a cobriram de rosas e lírios, ninguém se cansava de olhá-la; a morte não alterara seus traços, senão para dar-lhes um encanto celeste.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

Sou Todo Teu Maria: “Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo.” (São Luis Maria de Montfort)