NOVENA DA ASSUNÇÃO DE MARIA
(DE 06 A 14 DE AGOSTO – FESTA, 15 DE AGOSTO)
QUARTO DIA
A ASSUNÇÃO DE MARIA É TESTEMUNHADA PELOS SANTOS PADRES [1]
“Quem vos ouvir, ouve a Mim; e quem vos desprezar, despreza a Mim. Quem, porém, me desprezar, despreza Aquele que me enviou” (Lc 10,16)
Oração Inicial para todos os Dias:
– Deus, vinde em nosso auxílio.
– Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
– Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
– Ó Maria Assunta ao Céu.
– Rogai por nós!
Texto para Meditação (da Carta Apostólica do Papa Pio XII, que definiu o dogma da Assunção de Maria):
“S. João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa tradição, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloquência: ‘Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus’.
Condizem com essas palavras de s. João Damasceno as de muitos outros que afirmam a mesma doutrina. E não são menos expressivas, nem menos exatas, as palavras que se encontram nos sermões proferidos pelos santos Padres mais antigos ou da mesma época, ordinariamente por ocasião dessa festividade. Assim, para citar outro exemplo, s. Germano de Constantinopla julgava que a incorrupção do corpo da virgem Maria Mãe de Deus, e a sua assunção ao céu são corolários não só da sua maternidade divina, mas até da santidade singular daquele corpo virginal: ‘Vós, como está escrito, aparecestes ‘em beleza’; o vosso corpo virginal é totalmente santo, totalmente casto, totalmente domicílio de Deus de forma que até por este motivo foi isento de desfazer-se em pó; foi, sim, transformado, enquanto era humano, para viver a vida altíssima da incorruptibilidade; mas agora está vivo, gloriosíssimo, incólume e participante da vida perfeita’. Outro escritor antiquíssimo assevera por sua vez: ‘A gloriosíssima Mãe de Cristo, Deus e Salvador nosso, dador da vida e da imortalidade, foi glorificada e revestida do corpo na eterna incorruptibilidade, por aquele mesmo que a ressuscitou do sepulcro e a chamou a si duma forma que só ele sabe’ (S. Modesto de Jerusalém).”
– Breve pausa para meditação.
Oração para Todos os dias:
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Após Nove Ave Marias, reza-se a oração seguinte:
Dulcíssima Soberana, Mãe querida, deixastes então a terra ! . . . Já estais no vosso reino, onde dominais como Rainha sobre todos os coros dos anjos. Bem sabemos que miseráveis pecadores, como somos, não éramos dignos de vos possui neste vale de lágrimas; mas sabemos também que a vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria, e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta-se para nós, pobres filhos de Adão.
Do alto de vosso trono sublime em que reinais, volvei para nós, ó Maria, os vossos misericordiosos olhos, e tende compaixão de nós; recordai-Vos que, deixando este mundo, prometestes lembrar-Vos de nós. Ah! Olhai-nos e vinde em nosso socorro, vede a quantas tempestades e perigos estaremos sem cessar expostos até o fim da nossa vida.
Pelos merecimentos da vossa bem-aventurada morte, obtende-nos a santa perseverança na amizade de Deus, a fim de que possamos ir um dia beijar vossos pés no paraíso, e unir as nossas vozes a dos espíritos celestes para Vos louvar e cantar as vossas glória como o mereceis. Assim seja.
– NOTA: No Brasil, a fim de facilitar o acesso dos fiéis à celebração da Assunção de Maria, por determinação da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (CNBB), celebra-se a solenidade no domingo posterior ao dia 15 de agosto.
[1] Nossos, título e citação bíblica.
(Fontes: 1. texto: “Carta Apostólica ‘Munificentissimus Deus’”, Parágrafos 21/22 – http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html 2. oração: livro “As Mais Belas Orações de Santo Afonso”, tradução de D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes Ltda, 1961, Cap. IV – Exercícios durante o Ano, pp. 487/488 – Texto revisto e atualizado)