NOVENA DA ASSUNÇÃO DE MARIA
(DE 06 A 14 DE AGOSTO – FESTA, 15 DE AGOSTO)
QUINTO DIA
A ASSUNÇÃO DE MARIA TESTEMUNHADA NA TEOLOGIA [1]
“Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso, e de todos os pós dos mercadores?” (Ct 3,6)
Oração Inicial para todos os Dias:
– Deus, vinde em nosso auxílio.
– Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
– Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
– Ó Maria Assunta ao Céu.
– Rogai por nós!
Texto para Meditação (da Carta Apostólica do Papa Pio XII, que definiu o dogma da Assunção de Maria):
“Entre os teólogos escolásticos, não faltaram alguns, que, pretendendo penetrar mais profundamente nas verdades reveladas, e mostrar o acordo entre a chamada razão teológica e a fé católica, notaram a estreita conexão existente entre este privilégio da assunção da santíssima Virgem e as demais verdades contidas na Sagrada Escritura.
Partindo desse pressuposto, apresentam diversas razões para corroborar esse privilégio mariano. A razão primária e fundamental diziam ser o amor filial de Cristo para o levar a querer a assunção de sua Mãe ao céu. E advertiam mais, que a força dos argumentos se baseava na incomparável dignidade da sua maternidade divina e em todas as graças que dela derivam: a santidade altíssima que excede a santidade de todos os homens e anjos, a íntima união de Maria com o seu Filho, e sobretudo o amor que o Filho consagrava a sua Mãe digníssima.
Muitas vezes os teólogos e oradores sagrados, seguindo os passos dos santos Padres, para explicarem a sua fé na assunção, serviram-se com certa liberdade de fatos e textos da Sagrada Escritura. E assim, para mencionar só alguns mais empregados, houve quem citasse a este propósito as palavras do Salmista: ‘Erguei-vos, Senhor, para o vosso repouso, vós e a Arca de vossa santificação’ (Sl 131, 8); e na Arca da Aliança, feita de madeira incorruptível e colocada no templo de Deus, viam como que uma imagem do corpo puríssimo da virgem Maria, preservado da corrupção do sepulcro, e elevado a tamanha glória no céu. Do mesmo modo, ao tratar desta matéria, descrevem a entrada triunfal da Rainha na corte celeste, e como se vai sentar a direita do divino Redentor (Sl 44,10.14-16); e recordam a propósito a esposa dos Cantares “que sobe pelo deserto, como uma coluna de mirra e de incenso” para ser coroada (Ct 3,6; cf. 4,8; 6,9). Ambas são propostas como imagens daquela Rainha e Esposa celestial, que sobe ao céu com o seu divino Esposo.
Os doutores escolásticos vislumbram igualmente a assunção da Mãe de Deus não só em várias figuras do Antigo Testamento, mas também naquela mulher, revestida de sol, que o apóstolo s. João contemplou na ilha de Patmos (Ap 12, ls.). Porém, entre os textos do Novo Testamento, consideraram e examinaram com particular cuidado aquelas palavras: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,28), pois viram no mistério da assunção o complemento daquela plenitude de graça, concedida à santíssima Virgem, e uma singular bênção contraposta à maldição de Eva.”
– Breve pausa para meditação.
Oração para Todos os dias:
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Após Nove Ave Marias, reza-se a oração seguinte:
Dulcíssima Soberana, Mãe querida, deixastes então a terra ! . . . Já estais no vosso reino, onde dominais como Rainha sobre todos os coros dos anjos. Bem sabemos que miseráveis pecadores, como somos, não éramos dignos de vos possui neste vale de lágrimas; mas sabemos também que a vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria, e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta-se para nós, pobres filhos de Adão.
Do alto de vosso trono sublime em que reinais, volvei para nós, ó Maria, os vossos misericordiosos olhos, e tende compaixão de nós; recordai-Vos que, deixando este mundo, prometestes lembrar-Vos de nós. Ah! Olhai-nos e vinde em nosso socorro, vede a quantas tempestades e perigos estaremos sem cessar expostos até o fim da nossa vida.
Pelos merecimentos da vossa bem-aventurada morte, obtende-nos a santa perseverança na amizade de Deus, a fim de que possamos ir um dia beijar vossos pés no paraíso, e unir as nossas vozes a dos espíritos celestes para Vos louvar e cantar as vossas glória como o mereceis. Assim seja.
[1] Nossos, título e citação bíblica.
(Fontes: 1. texto: “Carta Apostólica ‘Munificentissimus Deus’”, Parágrafos 24 a 27 – http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html 2. oração: livro “As Mais Belas Orações de Santo Afonso”, tradução de D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes Ltda, 1961, Cap. IV – Exercícios durante o Ano, pp. 487/488 – Texto revisto e atualizado)