NOVENA DA ASSUNÇÃO DE MARIA
(DE 06 A 14 DE AGOSTO – FESTA, 15 DE AGOSTO)
SÉTIMO DIA
NA ASSUNÇÃO DE MARIA, O FILHO GLORIFICA A MÃE [1]
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm 11,33)
Oração Inicial para todos os Dias:
– Deus, vinde em nosso auxílio.
– Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
– Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
– Ó Maria Assunta ao Céu.
– Rogai por nós!
Texto para Meditação (da Carta Apostólica do Papa Pio XII, que definiu o dogma da Assunção de Maria):
“Quando, na Idade Média, a teologia escolástica atingiu o maior esplendor, s. Alberto Magno, para demonstrar essa verdade, apresenta vários argumentos fundados na Sagrada Escritura, na tradição, na liturgia e em razões teológicas, e conclui: ‘Por estas e outras muitas razões e autoridades, é evidente que a bem-aventurada Mãe de Deus foi assunta ao céu em corpo e alma sobre os coros dos anjos. E cremos que isto é absolutamente verdadeiro’. E num sermão pregado em dia da Anunciação de nossa Senhora, ao explicar aquelas palavras do anjo: ‘Ave, cheia de graça…’, o doutor universal compara a santíssima Virgem com Eva, e afirma clara e terminantemente que Maria foi livre das quatro maldições que caíram sobre Eva.
O Doutor Angélico (Santo Tomás de Aquino), seguindo as pisadas do mestre, ainda que nunca trate expressamente do assunto, no entanto sempre que se oferece a ocasião fala dele, e com a Igreja católica afirma que o corpo de Maria juntamente com a alma foi levado ao céu.
É da mesma opinião, entre outros muitos, o Doutor Seráfico (São Boaventura), o qual tem como certo que, assim como Deus preservou Maria santíssima da violação do pudor e da integridade virginal ao conceber e dar à luz o seu Filho, assim não permitiu que o seu corpo se desfizesse em podridão e cinzas. […]
Na escolástica posterior, ou seja no século XV, são Bernardino de Sena, resumindo e ponderando cuidadosamente tudo quanto os teólogos medievais tinham escrito a esse propósito, não julgou suficiente referir as principais considerações que os antigos doutores tinham proposto, mas acrescentou outras novas. Por exemplo, a semelhança entre a divina Mãe e o divino Filho, no que respeita à perfeição e dignidade de alma e corpo – semelhança que nem sequer nos permite pensar que a Rainha celestial possa estar separada do Rei dos céus – exige absolutamente que Maria ‘só deva estar onde está Cristo’. Portanto, é muito conveniente e conforme à razão que tanto o corpo como a alma do homem e da mulher tenham alcançado já a glória no céu; e, finalmente, o fato de nunca a Igreja ter procurado as relíquias da santíssima Virgem, nem as ter exposto à veneração dos fiéis, constitui um argumento que é ‘como que uma experiência sensível’ da assunção.”
– Breve pausa para meditação.
Oração para Todos os dias:
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Após Nove Ave Marias, reza-se a oração seguinte:
Dulcíssima Soberana, Mãe querida, deixastes então a terra ! . . . Já estais no vosso reino, onde dominais como Rainha sobre todos os coros dos anjos. Bem sabemos que miseráveis pecadores, como somos, não éramos dignos de vos possui neste vale de lágrimas; mas sabemos também que a vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria, e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta-se para nós, pobres filhos de Adão.
Do alto de vosso trono sublime em que reinais, volvei para nós, ó Maria, os vossos misericordiosos olhos, e tende compaixão de nós; recordai-Vos que, deixando este mundo, prometestes lembrar-Vos de nós. Ah! Olhai-nos e vinde em nosso socorro, vede a quantas tempestades e perigos estaremos sem cessar expostos até o fim da nossa vida.
Pelos merecimentos da vossa bem-aventurada morte, obtende-nos a santa perseverança na amizade de Deus, a fim de que possamos ir um dia beijar vossos pés no paraíso, e unir as nossas vozes a dos espíritos celestes para Vos louvar e cantar as vossas glória como o mereceis. Assim seja.
[1] Nossos, título e citação bíblica.
(Fontes: 1. texto: “Carta Apostólica ‘Munificentissimus Deus’”, Parágrafos 30 a 33 – http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html 2. oração: livro “As Mais Belas Orações de Santo Afonso”, tradução de D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes Ltda, 1961, Cap. IV – Exercícios durante o Ano, pp. 487/488 – Texto revisto e atualizado)