NOVENA DA ASSUNÇÃO DE MARIA
(DE 06 A 14 DE AGOSTO – FESTA, 15 DE AGOSTO)
OITAVO DIA
A ASSUNÇÃO DE MARIA, VITÓRIA SOBRE O PECADO E A MORTE[1]
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3,15)
Oração Inicial para todos os Dias:
– Deus, vinde em nosso auxílio.
– Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
– Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
– Ó Maria Assunta ao Céu.
– Rogai por nós!
Texto para Meditação (da Carta Apostólica do Papa Pio XII, que definiu o dogma da Assunção de Maria):
“Todos esses argumentos e razões dos santos Padres e teólogos apoiam-se, em último fundamento, na Sagrada Escritura. Esta nos apresenta a Mãe de Deus extremamente unida ao seu Filho, e sempre participante da sua sorte. Pelo que parece quase que impossível contemplar aquela que concebeu, deu à luz, alimentou com o seu leite, a Cristo, e o teve nos braços e apertou contra o peito, estivesse agora, depois da vida terrestre, separada dele, se não quanto à alma, ao menos quanto ao corpo. O nosso Redentor é também filho de Maria; e como observador perfeitíssimo da lei divina não podia deixar de honrar a sua Mãe amantíssima logo depois do Eterno Pai. E podendo ele adorná-la com tamanha honra, preservando-a da corrupção do sepulcro, deve crer-se que realmente o fez.
E convém sobretudo ter em vista que, já a partir do século II, os santos Padres apresentam a virgem Maria como nova Eva, sujeita sim, mas intimamente unida ao novo Adão na luta contra o inimigo infernal. E essa luta, como já se indicava no Protoevangelho, acabaria com a vitória completa sobre o pecado e sobre a morte, que sempre se encontram unidas nos escritos do apóstolo das gentes (cf. Rm 5; 6; l Cor 15,21-26; 54-57). Assim como a ressurreição gloriosa de Cristo constituiu parte essencial e último troféu desta vitória, assim também a vitória de Maria santíssima, comum com a do seu Filho, devia terminar pela glorificação do seu corpo virginal. Pois, como diz ainda o apóstolo, ‘quando… este corpo mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá o que está escrito: a morte foi absorvida na vitória’ (1Cor 15,14).
Deste modo, a augustíssima Mãe de Deus, associada a Jesus Cristo de modo insondável desde toda a eternidade ‘com um único decreto’ de predestinação, imaculada na sua concepção, sempre virgem, na sua maternidade divina, generosa companheira do divino Redentor que obteve triunfo completo sobre o pecado e suas consequências, alcançou por fim, como suprema coroa dos seus privilégios, que fosse preservada da corrupção do sepulcro, e que, à semelhança do seu divino Filho, vencida a morte, fosse levada em corpo e alma ao céu, onde refulge como Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos (cf. 1Tm 1,17).”
– Breve pausa para meditação.
Oração para Todos os dias:
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Após Nove Ave Marias, reza-se a oração seguinte:
Dulcíssima Soberana, Mãe querida, deixastes então a terra ! . . . Já estais no vosso reino, onde dominais como Rainha sobre todos os coros dos anjos. Bem sabemos que miseráveis pecadores, como somos, não éramos dignos de vos possui neste vale de lágrimas; mas sabemos também que a vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria, e no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta-se para nós, pobres filhos de Adão.
Do alto de vosso trono sublime em que reinais, volvei para nós, ó Maria, os vossos misericordiosos olhos, e tende compaixão de nós; recordai-Vos que, deixando este mundo, prometestes lembrar-Vos de nós. Ah! Olhai-nos e vinde em nosso socorro, vede a quantas tempestades e perigos estaremos sem cessar expostos até o fim da nossa vida.
Pelos merecimentos da vossa bem-aventurada morte, obtende-nos a santa perseverança na amizade de Deus, a fim de que possamos ir um dia beijar vossos pés no paraíso, e unir as nossas vozes a dos espíritos celestes para Vos louvar e cantar as vossas glória como o mereceis. Assim seja.
[1] Nossos, título e citação bíblica.
(Fontes: 1. texto: “Carta Apostólica ‘Munificentissimus Deus’”, Parágrafos 38 a 40 – http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html 2. oração: livro “As Mais Belas Orações de Santo Afonso”, tradução de D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes Ltda, 1961, Cap. IV – Exercícios durante o Ano, pp. 487/488 – Texto revisto e atualizado)