ORAÇÃO DE SÃO CARLOS BORROMEU AO ANJO DA GUARDA
“Há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade… Venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por mim…”
Entre as devotas orações em honra dos Santos Anjos da Guarda, recordamos a seguir esta preciosa súplica composta por São Carlos Borromeu, santo cardeal arcebispo italiano do século XVI que nos legou um denso tesouro catequético e formativo:
Meu bom Anjo da Guarda,
não sei quando e de que modo irei morrer.
É possível que eu seja levado de repente
ou que, antes do meu último suspiro,
eu me veja privado das minhas capacidades mentais.
E há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus,
no limiar da Eternidade…
Por isso, hoje,
com a plena liberdade da minha vontade,
venho pedir, Anjo da minha guarda,
que faleis por mim nesse temível momento.
Direis, então, ao Senhor:
– Que quero morrer na Santa Igreja
Católica Apostólica Romana,
no seio da qual morreram todos os santos,
depois de Jesus Cristo,
e fora da qual não há salvação;
– Que peço a graça de participar
nos méritos infinitos do meu Redentor
e que desejo morrer pousando os meus lábios
na Cruz que foi banhada com o Seu Sangue;
– Que aborreço e detesto os meus pecados
que ofenderam a Jesus e que, por amor a Ele,
perdoo os meus inimigos,
como eu próprio desejo ser perdoado;
– Que aceito a minha morte
como sendo da vontade de Deus e que,
com toda a confiança,
me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração,
esperando em toda a sua misericórdia;
– Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu,
me disponho a sofrer tudo quanto
a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda,
ser o meu intérprete junto de Deus
e expor diante d’Ele
que estes são os meus sentimentos
e a minha vontade.
Amém.
(Fonte: Redação Aleteia)