22 DE AGOSTO – FESTA DO PURÍSSIMO E IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Breve nota histórica: Depois de ter, em plena guerra mundial, consagrado todo o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria, para pôr sob a proteção da Mãe do salvador, Pio XII decretou em 1944, que todos os anos a Igreja inteira celebrasse uma festa em honra do Coração Imaculado de Maria no dia 22 de Agosto, antigo dia oitavo da festa da Assunção.
A devoção ao Coração de Maria é já antiga. No século XVII, São João Eudes propagou-a, associando-a à do Sagrado Coração de Jesus; no decorrer do século XIX, Pio VII e Pio IX concederam a várias igrejas particulares uma festa do «Puríssimo Coração de Maria», fixada no domingo depois da Assunção, e mais tarde, só sábado a seguir à festa do Sagrado Coração de Jesus. Fixando no dia 22 de Agosto a festa do Coração Imaculado de Maria e estendendo-a a toda Igreja, Pio XII assinalou-lhe como fim, obter a intercessão da Santíssima Virgem , «a paz das nações, a liberdade da Igreja, a conversão dos pecadores, o amor da pureza e a prática das virtudes».
CONSIDERAÇÃO SOBRE A EXCELÊNCIA E BONDADE DO CORAÇÃO DE MARIA
O Coração santíssimo de Maria é o mais santo, puro, nobre e excelso que formou a mão do Todo-Poderoso, depois do Coração de Jesus; manancial perene de bondade, doçura, misericórdia e amor; modelo das mais excelsas virtudes, imagem perfeita do Coração de Cristo; Coração inflamado de ardente caridade, que por si só, ama mais a Deus do que todos os Serafins juntos. Este Coração deu mais glória à beatíssima Trindade, com o menor de seus atos, do que todas as criaturas reunidas, com as ações mais heroicas. É o Coração da Mãe do Redentor e da Mãe dos homens; Coração amorosíssimo, sumamente caridoso e grandemente compassivo de nossas desgraças; traspassado de dor por nossa salvação eterna, o que na glória do céu conserva, para conosco, o mesmo amor e compaixão. Por isso é digno de todo louvor, de todo obséquio e amor, e de que todas as criaturas o venerem e ponham nele toda a sua confiança. Abre-lhe teu coração e pede-lhe quanto precisares, porque é tão terno e bondoso que só deseja fazer mercês! Roga-lhe de uma maneira particular pela conversão dos pecadores.
Peçamos agora as graças que se desejamos obter, e, feito isto, para melhor alcançá-las, rezemos ao puríssimo Coração de Maria, as seguintes:
SAUDAÇÕES
1 – Eu vos saúdo, amabilíssimo Coração de Maria, que ardeis continuamente em vivas chamas do divino amor; por Ele vos suplico, minha Mãe amorosíssima, acendais meu tíbio coração nesse divino fogo em que estais toda abrasada.
Ave Maria… Glória ao Pai…
2 – Eu vou saúdo, puríssimo Coração de Maria, de onde brota a formosa açucena da virginal pureza; por ela vos peço, minha Mãe Imaculada, que purifiqueis o meu impuro coração, infundindo nele a pureza e castidade.
Ave Maria… Glória ao Pai…
3 – Eu vos saúdo, aflitíssimo Coração de Maria traspassado com a espada de dor pela paixão e morte de vosso querido Filho Jesus; e pelas contínuas ofensas que se cometem contra sua Divina Majestade; dignai-Vos, minha Mãe dolorosa, penetrar o meu duro coração com uma viva dor dos meus pecados e com o mais amargo sentimento dos ultrajes e injúrias que está recebendo dos pecadores o divino Coração do meu adorado Redentor.
Ave Maria… Glória ao Pai…
V/. Ó Maria Imaculada, mansa e humilde Coração.
R/. Uni o meu coração ao Coração do meu divino Redentor.
Oremos: Clementíssimo Deus, que, para a salvação dos pecadores e refúgio dos miseráveis, quisestes fazer o Coração de Maria tão semelhante, no amor e na misericórdia, ao de Jesus, concedei-nos que, celebrando as admiráveis prerrogativas deste dulcíssimo Coração, mereçamos ser achados conforme ao Coração de Jesus Cristo, que vive e reina convosco por todos os séculos dos séculos. Amém.
(Fontes: 1. nota histórica: livro Missal Romano Quotidiano, Latim-Português, Dom Gaspar Lefebvre e os Monges Beneditinos de S. André, Editora Bíblica Bruges-Bélgica, 1963, p. 1240; 2. texto e oração: livro Manná do Christão – Devocionário composto pelos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, Editora Ave Maria, 6ª edição/1928, pp. 239-242 – Textos revistos e atualizados, bem como destaques acrescentados)