A origem da Sálus Pópuli Románi, ícone de Maria.
– Uma imagem especialíssima
Trata-se de uma imagem que, tradicionalmente, fica em uma capela especial da basílica romana de Santa Maria Maior, a primeira igreja do Ocidente dedicada a Nossa Senhora: sua construção foi determinada pelo papa Sisto III no ano de 431, pouco após o Concílio de Éfeso, no qual foi solenemente proclamado o reconhecimento de Maria como a Mãe de Deus.
O célebre ícone mariano Sálus Pópuli Románi teria sido pintado por ninguém menos que o evangelista São Lucas, que também era médico e pintor.
Esse ícone guarda semelhanças tipológicas com o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sendo confundido com ele por muita gente, mas, na realidade, são ícones diferentes.
– O milagre da neve
Conta a tradição que, na noite de 5 de agosto de 358, no auge do calor de verão no hemisfério Norte, caiu neve no lugar onde a basílica seria posteriormente construída. Nossa Senhora apareceu em sonho ao papa Libério e pediu a ele que erguesse uma igreja onde a neve caísse. O assim chamado “Milagre da Neve” é relembrado anualmente, desde 1983, por meio um espetáculo de som e luz, no qual a neve é representada por uma chuva de pétalas brancas lançadas do teto sobre o hipogeu.
– Uma basílica amada pelos Papas
A basílica de Santa Maria Maior tem profundos vínculos com os Papas.
O Papa Francisco, entre visitas públicas e privadas, já foi mais de vinte vezes saudar Maria nesse templo romano, ao qual nunca deixa de ir antes e depois de suas viagens pontifícias.
São João Paulo II mandou colocar e manter acesa dia e noite uma lâmpada de óleo sob a efígie da Sálus Pópuli Románi. Em 8 de dezembro de 2001, dia da Imaculada Conceição, ele inaugurou na basílica o Museu de Santa Maria Maior, com obras de arte históricas sobre Maria.
(Fonte: Aleteia – Texto com adaptações e destaques nossos. Título original :”A origem da Sálus Pópuli Románi, ícone de Maria que o Papa venerou na Urbi et Orbi“, 30.03.2020)