MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Décima Quarta Meditação

Virgem Imaculada (Holy Card)

14º DIA

Maria é o modelo que desejo imitar

Ó Maria, permiti a uma alma da qual sois o refúgio, o apoio, a protetora, a mãe, e que compreende quanto a amais e vos quer amar de todo o coração; permiti que vos olhe com a afeição de um filho que está em presença de sua mãe e que lhe estuda as palavras, os sentimentos, as resoluções, e em tudo quer assemelhar-se-lhe.

Parecer-se com alguém é tomar, tanto quanto é possível, o seu tom, suas maneiras, todo seu exterior.

Parecer-se com alguém é, principalmente, querer o que esse alguém quer; amar, o que ama; não ter outros gostos senão os seus; outros desejos senão os que nutre aquele coração; outros amigos senão aqueles a quem ele deu sua afeição.

O Maria, é isso que desejo fazer durante este mês. Quero-o, porque vos amo, porque desejo ser amado por vós, e porque sei que o amor não pode durar senão entre dois corações que se assemelham aos que procuram assemelhar-se.

Quero-o porque sei que não hei de agradar a Deus, senão quando Ele encontrar em mim algumas das virtudes que fizeram de vás a criatura mais santa, mais perfeita, mais amada por Ele.

Quero-o, porque sou vosso, vosso filho, qualquer que seja minha idade, somos todos vossos filhos, desde o Calvário. — Vosso servo, obrigado, a título de justiça e reconhecimento, a dar-vos a vida que possuo e que Deus me conservou até agora, talvez a vossos rogos.

Renovo minha promessa de ser assíduo em todos os exercícios deste mês e de ser dócil a todas as lições que me derdes.

EXEMPLO

A mestra de um general

Perguntaram um dia a um velho general francês como, tendo passado sempre a vida em campanhas e exercícios militares, ele se fizera tão devoto, que comungava frequentemente. O que é mais curioso, respondeu o bravo soldado, é que me converti antes mesmo de ouvir a palavra de qualquer padre ou de pôr os pés numa igreja. Deus me deu uma esposa piedosa de quem eu respeitava a fé sem partilhá-la. Desde moça ela fazia parte de todas as congregações de sua freguesia, e à assinatura de seu nome acrescentava — Filha de Maria. Nunca sua timidez lhe permitiu dizer-me palavra sobre Deus; mas, eu lia-lhe no rosto o pensamento. Quando orava, à minha vista, cada manhã e cada noite, com as feições iluminadas pela fé e pelo amor; quando voltava da igreja, onde comungara com uma calma, uma doçura, uma paciência que tinha um que da serenidade do céu; era um anjo. Quando me prodigalizava os seus cuidados, e pensava as minhas feridas, era uma irmã de Caridade. De repente, senti também o desejo de amar ao Deus, que a minha mulher amava tanto, e que lhe inspirava as doces virtudes que constituíam o encanto de minha vida, e a dedicação de que meus dias de velhice tinham necessidade. Um dia, eu, que aliás ainda não tinha fé, eu, tão contrário às práticas da religião, tão afastado dos sacramentos, lhe disse: Leva-me a teu confessor! Pelo ministério desse homem de Deus e pela graça divina, me tornei o que hoje sou, felizmente.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

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