MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

QUINTA MEDITAÇÃO

Nossa Senhora (ícone russo)

5º DIA

Maria é o coração que me ama

Temos ainda o assunto de ontem: Maria nos ama.

III. Se Maria se considera a si mesma, vê-se enriquecida de graças, e essas graças excitam continuamente seu reconhecimento, obrigando-a a fazer por Deus tudo quanto pode.

Agradecendo, exaltando, glorificando a Deus com suas palavras e com os afetos de seu coração, ela sabe também a alegria que proporciona a Deus, conservando-lhe fiéis e inocentes as almas que Ele criou, e reconduzindo a seu amor as que o haviam abandonado; e assim se sente, de algum modo, obrigada a nos amar pelo reconhecimento que deve ao Senhor.

Maria se vê constituída Mãe dos homens; recorda-se do dever que lhe foi imposto pela Divina Providência e manifestado por seu Filho, quando, sobre a cruz, ia consumar o cruento sacrifício. Ela compreende toda a extensão das obrigações de mãe. Conhece quais foram as intenções de Deus, elevando-a a essa dignidade e qual o alcance destas palavras de Jesus expirando: — Eis aí vosso Filho! E Maria, que quer ser fiel a seu dever, o vê resumir-se nesta palavra: – amar! Oh! como entrega seu coração a este sentimento de amor

Coragem, pois, ó minha alma, sê feliz, repete em teus momentos de tédio e de temor: Maria me ama! E dize-lhe, com um sentimento profundo de gratidão: Também eu vos amo, oh minha Mãe!

EXEMPLO

Confiança em Maria Santíssima

Um Bispo da Escócia atravessava a pé as montanhas de sua diocese, quando foi surpreendido pela noite num bosque e aí se perdeu. Depois de caminhar em diversas direções, chegou a uma cabana de pobres camponeses.

Notando-lhes a tristeza geral, soube que o velho pai quase à morte não queria preparar-se. A todas as observações, só tinha uma resposta: “Não morro agora”. Como o Bispo insistisse o velho perguntou: Sois católico? — Sim, respondeu-lhe. — Pois então vos direi porque não morro agora: Eu também sou católico: desde o dia da minha primeira Comunhão até hoje nunca deixei de pedir à SS. Virgem a graça de não morrer sem um padre.

Pois bem, acreditais que minha boa Mãe possa deixar de ouvir minha oração?

Impossível! Não, eu não morro agora. Meu filho, replicou o Bispo comovido, tuas preces foram ouvidas; quem te fala é mais que um simples padre: é teu Bispo. A SS. Virgem mesma conduziu-me através destes bosques para receber o teu último suspiro. E, abrindo o manto, mostrou a cruz peitoral, à cuja vista, o enfermo, possuído de alegria, exclamou: Ó minha boa Mãe, eu vos rendo mil graças. E, voltando-se logo para o Bispo, disse: Tereis a bondade de me confessar, porque agora sei que morro. Pouco depois de ter purificado sua consciência, pela última vez, morreu como um justo.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

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