O QUE É UM MOSTEIRO BENEDITINO?
Continuação do post anterior….
Por Dom Emmanuel-Marie André († 1903)
CAPÍTULO X
A Oração
O corpo se alimenta em parte pela respiração, e em parte pelo pão de cada dia. A alma tem também necessidade de alimento: o seu pão é a Eucaristia; sua respiração é a oração. Também Nosso Senhor diz: É preciso rezar sempre. E São Bento nada recomenda tanto a seu discípulo como a oração.
A prece é o próprio âmago da vida monástica: o ofício divino é a sua expressão mais solene; mas a isto é mister acrescentar uma oração interior que deve, sem cessar, fazer subir para Deus todos os atos da vida religiosa. “Tudo o que empreenderes, diz São Bento, pede a Deus, por uma insistente oração, que Ele mesmo queira levá-lo a cabo. Quidquid agendum inchoas bonum, ab eo perfici instantissima oratione deposcas”.
Há, contudo, certas circunstâncias em que São Bento recomenda mais particularmente a oração. Se um religioso se ausenta do mosteiro, ele deve pedir as orações de toda a comunidade; e as pede igualmente quando volta; se se apresentam hóspedes, é preciso rezar ao recebê-los antes mesmo de os cumprimentar. Durante a Quaresma, é preciso juntar as lágrimas à oração: Orationi cum lacrymis operam demus.
Se no mosteiro se acha um religioso incorrigível, o Abade, após ter esgotado todos os recursos que lhe podem fornecer a caridade, as reprimendas, as punições, recorrerá, por fim, à oração. – “Se ele vê que, com toda a sua diligência, nada conseguiu, que empregue ainda o que é maior, a saber a sua oração e a de todos os irmãos com ele, a fim de que o Senhor, que tudo pode, opere a salvação deste irmão enfermo. Adhibeat etiam (quod majus est) suam et omnium fratrum pro eo orationem, ut Dominus, qui omnia potest, operetur salutem circa infirmum fratrem”.
Outra recomendação de São Bento, a respeito da oração, é a de oferecê-la a Deus pelos nossos inimigos e isto no amor de Jesus Cristo. In Christi amore pro inimicis orare.
Enfim, para dar uma ideia mais completa da doutrina de São Bento sobre a oração, citamos o capítulo XX da Regra:
Do Respeito que deve acompanhar a Oração
“Se, quando queremos pedir algum favor aos poderosos, não ousamos fazê-lo a não ser com humildade e respeito, quanto mais, ao dirigir-nos a Deus, soberano Senhor de todas as coisas, devemos suplicar-lhe com profunda humildade e devoção pura. E saibamos que seremos atendidos não pela multiplicidade de palavras, mas pela pureza do coração e pelas lágrimas da compunção. E para isto a oração deve ser curta e pura, se não for prolongada por uma moção particular, uma inspiração da graça de Deus”.
Assim pensava, assim rezava São Bento, cujo coração, segundo o testemunho da própria Virgem Santíssima, era totalmente cheio de Deus, erat cor ejus totum plenum Deo.
CAPÍTULO XI
O Ofício Divino
Há na Igreja da terra uma oração solene e sagrada, que faz eco ao tríplice Sanctus dos Serafins do céu, uma oração que São Bento chama uma obra divina, a obra de Deus: Opus Dei.
É a prece das sete horas místicas do dia, desenrolando-se após uma longa oração noturna: é a obra capital dos religiosos beneditinos, a qual não cede a nenhuma outra, aquela à qual devem ceder todas as outras. Nihil operi Dei praeponatur.
A cada uma destas horas o filho de São Bento é, pela sua Regra, chamado ao coro para oferecer aí os seus louvores ao seu Criador. His temporibus referamus laudes creatori nostro.
Ao primeiro sinal do ofício, é preciso imediatamente deixar tudo e dirigir-se ao coro, com uma religiosa solicitude, uma gravidade modesta e uma alegria incomparável de ser chamado a unir-se ao coro dos anjos, para começar aqui em baixo a oração que se aperfeiçoará, sem jamais terminar, nos céus.
Não contente em chamar os seus irmãos ao ofício, São Bento prescreve punições para os que chegarem atrasados ao mesmo.
Começado o ofício, é preciso manter-se nele com uma atenção mais intensa à presença de Deus. Sabemos o que São Bento ensina sobre o exercício da presença de Deus, e como ele recomenda a seu discípulo estar sempre atento; nós não nos espantaríamos de que ele dê uma advertência toda especial para o tempo do ofício divino: Ubique credimus divinam esse praesentiam, et oculos Domini in omni loco speculari bonos et malos; maxime tamen hoc credamus, cum ad opus divinum assistimus.
Considerando que os religiosos no coro fazem na terra o ofício dos anjos no céu, São Bento quer que eles se tornem atentos à presença dos anjos. Consideremus qualiter oporteat nos in conspectu divinitatis et angelorum esse.
O salmista havia dito: “Na presença dos anjos, Senhor, cantar-Vos-ei salmos”.
Ainda existe um conselho muito interessante e importante de São Bento relativamente ao ofício divino: “Estejamos na salmodia de tal modo que a nossa mente concorde com a nossa voz. Sic stemus ad psallendum, ut mens nostra concordet voci nostrae”.
Bem antes de São Bento, dissera São Paulo: “Rezarei com o coração; cantarei também com a inteligência”.
Assim a voz, o coração, a inteligência, tudo o que está em nós, tudo o que nós somos, deve contribuir para o louvor de Deus. A voz canta, o coração ama, o espírito saboreia, anima, vivifica a salmodia e a torna digna de Deus.
É bom cantar, é bom amar: mas cantar e amar com inteligência é a perfeição; e esta é exigida quando se trata do ofício divino. O religioso na terra que tem de unir-se ao ofício do anjo no céu, deve esforçar-se em se elevar até o anjo com as duas asas da inteligência e do amor.
Portanto, é preciso saber.
Quando os irmãos têm tempo livre após o ofício da noite, devem também empregá-lo no estudo dos salmos e das lições. São Bento assim o quer.
É preciso saber. Toda a tradição beneditina consiste nisso. Essa também é a razão de tantos trabalhos, comentários, explicações, glosas sobre os salmos e a Escritura, que ocuparam os filhos de São Bento em todos os séculos. Eles queriam compreender, saber, a fim de cantar com inteligência e de glorificar mais Aquele que é ao mesmo tempo luz e amor, verdade e caridade.
CAPÍTULO XII
A Liberdade de Espírito
Ao escrever estas palavras, a liberdade de espírito, sentimos a necessidade de dar a sua definição. Em nossos dias se tem abusado tanto da palavra liberdade que se torna indispensável tomar as maiores precauções para não cair em qualquer um dos preconceitos ou erros modernos, enfeitando-se com o belo nome de liberdade.
Ora, por liberdade de espírito entendemos o estado duma alma, a qual nada impede em seu impulso para a perfeição, em seu voo para Deus.
São Bento quer que o seu discípulo tenha a alma bem à vontade, o espírito inteiramente em paz. Se ao homem exterior ele impõe uma disciplina exata e uma regra à primeira vista severa, o homem interior, por sua vez, é posto em liberdade.
Aí há um grande trabalho, e São Bento não faz nenhuma dificuldade em reconhecer que os começos são um pouco penosos. Via salutis non nisi angusto initio incipienda. É o trabalho indispensável para desembaraçar a alma dos entraves que ela trouxe consigo ao vir do mundo. O pecado, e sobretudo o hábito do pecado, o desregramento das afeições, as miseráveis exigências duma vida demasiado sensual, são outros tantos obstáculos à santa liberdade de um filho de Deus. Não é sem custo que se se desprende de tantos entraves; mas à medida em que deles alguém se desembaraça, a dificuldade diminui e, depois, ela desaparece rapidamente, e o monge, feito obediente, não encontra mais na Regra nada de pesado, nada de difícil. Nihil asperum, nihil grave. Talvez, ao começar, ele mais se arrastava do que andava; contudo avançava, e isso é que é importante.
Desde a primeira hora, São Bento pede que seu discípulo esteja de boa vontade: Admonitionem pii patris libenter excipe. Quer que ele esteja alerta, bem decidido. Se Deus lhe clama: Quem quer a vida eterna? Ele Lhe responde: Eu!
Como caminhará aquele que assim começou? Após a dificuldade da primeira hora o caminho de Deus se alarga e, aumentando no discípulo de São Bento a boa vontade, ele antes corre do que anda. São Bento o diz claramente, e só no Prólogo da Regra, encontramos até três vezes este termo correr. “Se queremos chegar ao céu, diz o santo patriarca, não chegamos aí senão correndo: Nisi currendo minime pervenitur”. E mais adiante: “É preciso correr e fazer agora o que nos deve aproveitar para a eternidade. Currendum et agendum est modo quod in perpetuum nobis expediat”. Pelo fim do mesmo Prólogo, São Bento repete ainda uma vez sua palavra favorita: “Com o coração dilatado, diz ele, por uma inenarrável doçura de amor, corre-se no caminho dos mandamentos de Deus: Dilatato corde, inenarrabili dilectionis dulcedine, curritur via mandatorum Dei”.
São Gregório Magno refere um fato extremamente interessante que citamos aqui, pois ele tem a sua significação. Havia na Campânia um solitário chamado Martinho. Morava numa caverna, estava preso a ela por uma cadeia de ferro, duma parte ligada a seu pé e de outra chumbada ao rochedo da caverna. São Bento soube do fato deste solitário e lhe mandou dizer: “Se és servo de Deus, não deves estar retido por uma cadeia de ferro, mas pela cadeia de Cristo: Si servus Dei es, non teneat te catena ferri, sed catena Christi”. O solitário obedeceu logo à palavra de São Bento: com efeito, a cadeia de Jesus Cristo lhe foi suficiente, pois, após ter deixado a sua cadeia de ferro, continuou do mesmo modo prisioneiro em sua caverna.
São Bento nos clama a todos a mesma coisa: Non teneat te catena ferri: deixai cair as cadeias de ferro de vossos pecados, de vossas paixões, de vossas vontades; há uma cadeia mais salutar, mais suave, mais leve, é a cadeia de Cristo: Catena Christi. Todas as outras são fardos, ela é porém a própria liberdade; nós não a levamos, ela é que nos leva. Portanto, como ela é desejável!
Quando o discípulo de São Bento encontrou este tesouro, todas as observâncias se cumprem sem custo nenhum: Absque ullo labore. O segredo desta facilidade no bem é que se aprendeu a amar o rei pelo qual se combate. Age-se então pelo princípio do amor de Jesus Cristo: Amore Christi. Este novo amor fez nascer um homem novo que, com hábitos novos, caminha livremente para o céu: Consuetudine ipsa bona. Então as virtudes cristãs e monásticas enchem o coração com uma suavidade incomparável: Delectatione ipsa virtutum. Como é fácil, depois disso, correr no caminho: Currendum et agendum est modo quod in perpetuum nobis expediat!
O discípulo não corre sozinho; São Bento está com ele, e vela com uma solicitude incomparável para que nada venha perturbar ou contristar o pacífico habitante da casa de Deus. Nemo perturbetur neque contristetur in domo Dei. No exterior nada perturba o monge fiel, pois tudo é muito bem regulado na casa de Deus. No interior nada existe que o possa entristecer: perto dele há um pai sempre vigilante, e um Deus que ama sem jamais interromper o ato divino pelo qual nos ama.
Havia saboreado este ensinamento, o autor que escrevia o seguinte:
“Ó Senhor meu Deus, livrai-me de minhas paixões e curai o meu coração de todas as suas afeições desordenadas, a fim de que, curado interiormente e bem purificado, eu me torne apto para amar.
É uma grande coisa o amor: é um bem inteiramente grande. Só ele torna leve qualquer fardo; à própria amargura ele dá doçura e gosto. O amor quer estar no alto: quer ser livre. Corre, voa, rejubila-se: é livre, nada o retém. Se alguém ama, este compreende”.
CAPÍTULO XIII
Um Testemunho
A liberdade de espírito é um dos bens que devemos ao Cristianismo; São Paulo ensina-o formalmente: “Onde está o Espírito do Senhor, diz, aí está a liberdade”. E noutra passagem: “Vós fostes chamados para a liberdade, meus irmãos”.
Esta mesma liberdade é um dos caracteres do espírito de São Bento. Eis a este respeito um testemunho particularmente interessante. Nós o devemos ao sábio e piedoso Pe. Faber, do Oratório de Londres:
“Onde reina a lei de Deus, onde sopra o Espírito de Cristo, aí existe a liberdade. Ninguém pode ler os escritos espirituais da antiga escola de São Bento, sem notar com admiração a liberdade de espírito pela qual a sua alma estava penetrada. É precisamente o que nós temos o direito de esperar de uma Ordem cujas tradições são tão respeitáveis. Seria um grande bem para nós possuir um maior número de exemplares e de traduções de suas obras. Santa Gertrudes é um belo exemplo disso. Ela respira em todo o lugar o espírito de São Bento… O espírito da religião católica é um espírito fácil, um espírito de liberdade; e aí estava sobretudo o apanágio dos ascetas Beneditinos da velha escola. Os escritores modernos procuram circunscrever tudo, e este deplorável método fez mais mal do que bem”.
CAPÍTULO XIV
A luz em todas as coisas
No capítulo XLI da Regra, São Bento, ao tratar da hora das refeições, estabelece que na Quaresma se jantará depois das Vésperas, mas de tal modo que a refeição termine à luz do dia. Após ter disposto todas as coisas para que assim se façam, acrescenta, para terminar todo o capítulo, esta reflexão: Que tudo se faça com luz: Cum luce fiant omnia.
Dizíamos num capítulo precedente: É preciso saber! E nós cremos poder aproximar esta palavra da máxima de São Bento: cum luce fiant omnia. Que tudo se faça com luz.
O espírito dos santos, formado na escola do Espírito de Deus, é como Este, ao mesmo tempo uno e múltiplo. Lemos no livro da Sabedoria que o Espírito Santo, Espírito de inteligência é uno e múltiplo: Spiritus intelligentiae Sanctus, unicus, multiplex. Igualmente o espírito dos santos é uno, porque se recolhe todo em Deus e na Sua santa vontade; ele é múltiplo, porque na sua unidade abarca a extensão imensa dos caminhos de Deus e todo o conjunto tão harmonioso dos meios de chegar a Ele.
Quando São Bento, falando das refeições, diz que tudo se faça com a luz do dia, ele vai muito além. À luz do dia se sobrepõe a luz espiritual que Deus infunde nas almas.
Estas também têm a sua luz e a sua refeição. Alimentam-se com a verdade eterna, desalteram-se na fonte da vida. A hora abençoada destas refeições celestes é a da oração, da salmodia, do Sacrifício eucarístico, da comunhão e mais tarde será a da visão de Deus no céu.
Ora, em todas estas coisas, há uma luz que São Bento deseja para seus filhos. É preciso saber! As trevas têm algo de entristecedor, de repugnante, de terrificante. Mesmo sob o ponto de vista material, São Bento não quer que haja trevas no mosteiro: uma lâmpada deve iluminar o dormitório até o nascer do dia. Com mais forte razão, é preciso luz para as almas. A meia luz não basta; a fé procura compreender sempre melhor: Fides quaerit intellectum, é a palavra de Santo Anselmo. É preciso luz plena e total. Nosso Senhor o disse numa parábola: Tende na mão uma tocha acesa. E São Paulo dizia e escrevia a seus fiéis: Sois filhos da luz, do dia claro: não filhos da noite nem das trevas.
Quando, rodeado de seus irmãos, São Bento cantava o Ambrosiano, o hino de Santo Ambrósio: Splendor paternae gloriae, como deveria saborear Aquele que é a luz, que nesse hino encontra-se denominado Plena aurora; Aurora totus! Para nós plena aurora, para os anjos todo luz no seu zênite.
Arrebatado de alegria nos esplendores desta aurora, ele saboreava a doçura das iluminações divinas, e esperando o grande dia da eternidade, ele penetrava já nas profundezas das claridades superiores. “Enquanto os irmãos dormiam, São Bento, de pé junto à janela, estava em oração antes da hora das Matinas. Levantou então os olhos e, de repente, viu descer do alto uma luz tão grande que todas as trevas foram dissipadas por um esplendor bem superior à luz do dia. E neste esplendor, que não era da terra, o santo viu o mundo inteiro ser trazido diante dele e condensado como debaixo de um só raio de sol”.
Quando, depois de tais graças, retornava para junto de seus irmãos, a fim de regular até as coisas mais comuns da vida, São Bento dizia com um acento muito profundo: Que tudo se faça com luz: Cum luce fiant omnia.
É preciso notar que estas harmonias maravilhosas que enchiam a alma do santo, estendiam-se até à forma com a qual se revestia o seu pensamento. Como trabalhada, poetizada por uma inspiração celeste, a expressão tomava a forma dum verso jâmbico duma beleza perfeita:
Cum luce fiant omnia.
Verdadeiramente, seria bom, seria agradável ler assim, ler frequentemente com o espírito dos santos.
CAPÍTULO XV
A glória de Deus em todas as coisas
Leiamos mais uma vez com o espírito de São Bento. Nós o ouvimos prescrevendo a luz em todas as coisas: escutemo-lo cantando a glória de Deus em tudo.
No capítulo LVII da Regra, São Bento edita diversas prescrições aos artesãos, aos artistas que se podem encontrar no mosteiro. Ele quer que as obras deles sejam vendidas abaixo do preço fixado entre os seculares e, querendo dar à lei que estabelece um fim inteiramente sobrenatural, termina com esta admirável sentença: “A fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado: Ut in omnibus glorificetur Deus”.
Certo dia, uma criança sem instrução tinha lido alguns capítulos da Regra de São Bento. Maravilhada com eles, manifestava seus sentimentos com estas palavras: Como isto leva diretamente a Deus!
Sim, diretamente a Deus! Aí está todo o ensinamento de São Bento. Diretamente a Deus, e é preciso não somente andar, mas correr para o Senhor. O santo diz isto por três vezes, desde o prólogo da Regra, e o repete ainda no último capítulo. Assim diz: “Correndo em linha reta cheguemos até o nosso Criador: Recto cursu perveniamus ad Creatorem nostrum”.
Assim, bem determinado o objetivo: Deus, e o meio bem definido de o atingir: a corrida, compreende-se que São Bento queira que Deus seja em tudo glorificado. Ut in omnibus glorificetur Deus.
Nossos pais atribuíam a esta bela máxima um valor inestimável. Eles a tinham no coração, a exemplo de seu Pai: ela lhes era muito familiar, e de bom grado a escreviam somente com as iniciais latinas:
U. I. O. G. D.
Portanto, digamos com São Bento: Que em todas as coisas Deus seja glorificado!
Com ele corramos!
Com ele diretamente para Deus!
(Fonte: Mosteiro de Santa Cruz – mosteirodasantacruz.org.br – destaques acrescidos)