RITO DE BENÇÃO E IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CARMO
Aprovado pela CONGREGAÇÃO DO CULTO DIVINO E DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS através do Prot. 1089/96/L. Confirmado no dia 16 Julho de 1996.
Sede da Congregação.
+ Geraldo M. Agnelo
Arcebispo Secretário
Sumário:
Introdução
Rito de bênção e imposição do escapulário
I. Introdução
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A bênção e imposição do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo sejam feitas, de preferência, durante uma celebração comunitária.
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A imposição comporta a agregação à família carmelita. Têm a faculdade de benzer o Escapulário os sacerdotes e os diáconos; além disso, outras pessoas autorizadas podem também fazer a sua imposição.
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Para a bênção e imposição deve ser usado o Escapulário do Carmo na sua forma tradicional. Só depois pode ser substituído por uma medalha apropriada.
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A bênção e a imposição fazem-se conforme os ritos e orações, que vêm a seguir.
A forma comum consiste nos ritos iniciais, na leitura da Palavra de Deus com as preces comunitárias, na oração para benzer e impor o Escapulário e nos ritos finais. Exprime-se assim, de maneira completa, o sentido do Escapulário na vida dos fiéis, que o recebem.
5. É necessário que numa e noutra fórmula fique bem expresso o sentido espiritual das graças anexas ao Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, assim como os compromissos que se assumem ao receber este sinal de devoção à Virgem Santíssima.
Ritos iniciais
6. Reunidos os fiéis diante do altar-mor ou de uma imagem de Nossa Senhora, o ministro acolhe os fiéis. Pode cantar-se um cântico adequado ou fazer-se um momento de silêncio.
Terminado o cântico ou o silêncio o ministro diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amém.
Ministro:
O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
Ou:
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo,
nascido da Virgem Maria,
o amor de Deus, nosso Pai,
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
R. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
7. O ministro exorta os presentes a participar no rito, explicando a natureza da celebração com estas ou outras palavras semelhantes:
Durante a vida terrena de Jesus, quem tocasse, ainda que fosse somente nas orlas do seu manto, era curado. Hoje nós louvamos o Senhor porque continua a usar na sua Igreja dos meios mais humildes para mostrar-nos a sua imensa misericórdia.
Nós também podemos servir-nos destes meios humildes para glorificarmos o Senhor, manifestarmos o nosso desejo de O servir e renovarmos o nosso compromisso de fidelidade, assumido no dia da nossa consagração batismal.
O Escapulário do Carmo é um sinal do amor materno da Virgem Maria, que nos recorda as suas iniciativas em favor dos membros da família carmelita, particularmente nas horas de maior necessidade. É um amor que pede uma resposta de amor.
O Escapulário é também sinal de comunhão com a Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, que se dedica ao serviço de Nossa Senhora para o bem de toda a Igreja. Ao recebê-lo, vós exprimis o desejo de participar no espírito e na vida da Ordem.
O Escapulário é um espelho da humildade e da castidade de Maria; pela sua simplicidade ele nos convida a vivermos com modéstia e com pureza. Vestindo-o dia e noite, torna-se um sinal da nossa oração contínua e de particular dedicação ao amor e ao serviço da Virgem Maria.
Usando o Escapulário, renovais o compromisso batismal de vos revestirdes de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em Maria estará garantida a vossa esperança de salvação, pois o Deus da Vida estabeleceu n’Ela a sua morada.
Leitura da Palavra de Deus
8. Um dos presentes, ou o próprio celebrante, proclama um texto da Sagrada Escritura, selecionado principalmente entre os que no Lecionário fazem referência ao mistério da salvação ou a Nossa Senhora. Pode-se escolher a leitura seguinte ou uma outra do Apêndice: páginas 24-32.
Fortalecei-vos no Senhor – Ef 6, 10-17.
Da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios.
Irmãos:
Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos da armadura de Deus,
para poderdes resistir às ciladas do demônio.
Porque nós não temos de lutar
contra adversários de carne e osso,
mas contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra os espíritos do mal
que habitam as regiões celestes.
Portanto, irmãos, tomai a armadura de Deus,
para poderdes resistir no dia mau
e perseverar firmes, superando todas as provas.
Permanecei bem firmes,
de rins cingidos com o cinturão da verdade,
revestidos com a couraça da justiça,
de pés calçados com o zelo
de anunciar o Evangelho da paz.
Tende sempre nas mãos o escudo da fé,
com o qual podereis apagar
as setas inflamadas do Maligno.
Tomai o capacete da salvação
e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
OUTRAS LEITURAS
Antigo Testamento:
1. Prov 8, 17-21
Eu amo aqueles que me amam.
2. Is 61, 10-11
Envolveu-me num manto de justiça.
3. 2 Re 2, 1.7-13
O manto de Elias caiu sobre Eliseu.
4. Bar 5, 1-5
Revesti-vos da beleza de Deus.
5. Ez 16, 8-14
A tua formosura era perfeita.
Novo Testamento:
6. Mc 5, 25-34
A mulher tocou nas vestes de Jesus e ficou curada.
7. Lc 2, 4-7
Maria envolveu o Menino em panos.
* Rom 12, 1-2
O culto espiritual.
8. Gal 4, 4-7
Deus enviou o seu Filho nascido de uma mulher.
9. Ef 4, 17.20-24
Revesti-vos do homem novo.
9. Terminada a leitura, o ministro exorta os presentes explicando, à luz da palavra de Deus, o sentido da celebração, as graças e os compromissos que derivam do Escapulário.
Segue-se um momento de silêncio.
Preces
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Segue-se um tempo de oração em comum. Propõem-se algumas intenções.
Podem-se escolher as mais apropriadas ou acrescentar outras.
Ministro:
Caríssimos irmãos e irmãs.
Pela intercessão da Virgem Santa Maria, em cujo seio encarnou o Filho de Deus e habitou entre nós, supliquemos ao Pai do Céu a graça de sermos testemunhas do Evangelho com as nossas obras, e rezemos:
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que quisestes que o vosso Filho assumisse a nossa natureza humana para nos fazer participantes da vossa vida divina,
— pela intercessão da Virgem Maria, discípula perfeita do Senhor, fazei que nos revistamos interiormente da vossa graça.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que quisestes que o vosso Filho se fizesse semelhante a nós em tudo, exceto no pecado, para que, seguindo os seus passos, nos configuremos com Ele,
— pela intercessão da Virgem Maria, fazei que imitemos a Cristo e sejamos por meio das nossas obras uma oferenda agradável diante de Vós.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que nos convidais para o banquete da graça, revestidos com a veste nupcial, para nos revelardes o vosso amor,
— pela intercessão da Mãe do vosso Filho, fazei que nos revistamos com as virtudes do seu amor generoso e do seu serviço amoroso.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que quiseste que a Virgem Maria esmagasse a cabeça da serpente,
— por sua intercessão, ajudai-nos a vencer as ciladas do maligno na nossa vida e no mundo.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que escolhestes a Virgem Maria como Filha da Nova Aliança,
— por sua intercessão, purificai os nossos corações e fortalecei a nossa fé.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que olhastes para a humildade da vossa serva para que proclamasse a vossa grandeza,
— por sua intercessão, fazei que anunciemos o vosso reino e proclamemos a vossa misericórdia de geração em geração.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que destes ao vosso Filho uma mãe que O cuidou amorosamente,
— por sua intercessão, fazei com que amemos os pobres e marginalizados, e com eles construamos um mundo mais justo e mais fraterno.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que nos envolvestes com o manto da justiça e da santidade,
— pela intercessão da Virgem Maria, santificai-nos em Cristo e fazei-nos cooperadores generosos na obra da salvação do mundo.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que nos abençoastes em Cristo com toda a espécie de bênçãos espirituais e celestiais;
— pela intercessão da Virgem Maria, concedei-nos uma feliz passagem da morte para a vida eterna.
R. Concedei-nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Oração de bênção
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O ministro, com as mãos estendidas, diz:
Senhor nosso Deus,
autor da santidade e seu aperfeiçoador,
que chamais à plenitude da vida cristã
e à perfeição da caridade
os que fizestes renascer da água e do Espírito Santo,
olhai com benevolência para estes vossos servos
que receberam com devoção o Escapulário do Carmo
e vão usar diligentemente como sinal de consagração
a Nossa Senhora do Carmo.
Fazei que sejam imagem de Cristo, vosso Filho,
e, terminada a sua passagem por esta vida,
com a ajuda da Virgem Mãe de Deus,
sejam admitidos na alegria da vossa morada celeste.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
R. Amém.
Faz-se a aspersão com água benta.
Imposição do Escapulário
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O ministro impõe o Escapulário aos candidatos, dizendo:
Recebe este Escapulário,
(por meio do qual és admitido na família carmelita),
e confia no amor de tão grande Mãe.
Comporta-te de tal maneira que,
com a ajuda da Santíssima Virgem,
te revistas cada vez mais de Cristo
e a sua vida se manifeste na tua
para glória da Santíssima Trindade
e para o bem da Igreja e dos homens.
R. Amém.
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Conforme as circunstâncias, o ministro pode dizer em voz alta a fórmula da imposição uma só vez por todas. Todos juntos respondem “Amém” e aproximam-se para receberem o Escapulário.
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Terminada a imposição, o ministro dirige a todos estas palavras:
Pela bênção e imposição deste Escapulário
vós fostes admitidos na família carmelita,
dedicada à imitação
e ao serviço da Virgem Mãe de Deus,
para que possais servir com maior dedicação
a Cristo e à sua Igreja,
com o mesmo espírito contemplativo e apostólico
da Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
Para que o consigais com maior perfeição,
eu, pelo poder que me foi concedido,
admito-vos a participar nos bens espirituais
da mesma Ordem do Carmo.
15. O ministro explica aos fiéis os compromissos e as obrigações inerentes à admissão na família do Carmelo.