MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Vigésima Nona Meditação

Nossa Senhora Refúgio dos Pecadores (obra de José de Páez)

29º DIA

Maria é a voz que me chama e me dirige

Quereis agora que, percorrendo contigo as horas de teus dias, eu te diga quais os sentimentos que lhes devem corresponder em tua alma?

Deveres religiosos.

I. Pela manhã, ao despertar e à noite, antes de adormecer, beija com respeito a medalha que trazes ao pescoço: é minha imagem, a imagem de tua Mãe do Céu; beija também o cordão que a tem suspensa e considera alegre que é sinal da cadeia espiritual que te prende a meu serviço. Dize afetuosamente:

Ó minha Mãe, eu vos pertenço; guardai-me, defendei-me [e usai-me] como bem vosso e vossa propriedade.

II. Durante a oração, pensa em que estou aí perto de ti, e de teus lábios deixa cair em minhas mãos cada palavra que pronunciares, como se deixasse cair uma pérola. Não é uma pérola cada palavra do Padre Nosso, do Creio em Deus Padre ou dos atos da Fé, Esperança e Caridade?

Na meditação, diz-me simplesmente: minha boa mãe, acudi a minha memória para ocupá-la toda com a lembrança de Jesus, — a minha inteligência, para que estude bem as palavras e ações de Jesus, — a minha vontade para que eu queira tudo o que Jesus quer. Ensinai-me o que vós teríeis dito e prometido a Jesus. Conclui, repetindo comigo a Deus: Senhor, eis aqui vosso servo, ordenai à minha alma o que quiseres!

À santa Missa e à Comunhão, une-te aos sentimentos de respeito e amor que me animavam, assistindo ao santo Sacrifício e comemorando a Paixão de meu Filho. Diz-me, antes do comungar: Ó minha Mãe, é de vossas mãos que desejo receber Jesus, dai-mo! — e recita pausadamente os atos. Depois da santa comunhão, fala assim a Jesus:

Ó Jesus, eu vos ofereço as ações de graças que vos rendia vossa Mãe: E imagina que eu venha adorar, agradecer e amar a Jesus em teu coração. Dize-me: Minha Mãe, guardai Jesus em minha alma, e aí fazei-o viver e reinar.

EXEMPLO

Maria, refúgio dos pecadores

Conta um velho missionário:

Já ia pelo fim da santa Missão, quando se aproxima do confessionário um comunista conhecido no lugar por um dos mais exaltados. Como ele mais tarde relatou, para zombar da confissão, disse alguns crimes horrorosos e perguntou:

Não basta, quer mais ainda?

O missionário, vendo a falta de disposição mas confiando no poder da Mãe de misericórdia, tentou levá-lo a outros sentimentos.

A resposta porém, foi uma terrível blasfêmia. O padre replicou:

Vá ajoelhar-se no altar de N. Senhora e diga 3 vezes: Maria, eu sei que não és mais que qualquer mulher, – caso, porém, sejas realmente mais, prova-o já por um sinal certo.

O blasfemador foi e disse isto mesmo, porém, só uma vez, pois logo passou-lhe tão sensível terror pelo espírito, que contrito e arrependido demorou no altar uma hora inteira implorando o Refúgio dos pecadores.

Depois voltou ao confessionário, onde, em torrentes de lágrimas, fez uma sincera confissão geral.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

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