A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
(Folheto impresso. Bahia, 30 de novembro de 1952)
Nossa Senhora da Conceição,
Virgem bendita, porta dos céus,
Ouve-me a prece do coração,
Ouve os clamores dos lábios meus.
Ouve-me a prece, Mãe piedosa,
Doce Rainha, Mãe de Jesus,
Ouve-me a prece tão dolorosa,
Entre mil trevas buscando a luz.
Teus olhos claros, volve-os à Terra,
Teus olhos puros, imaculados,
Olhos que o Anjo de Paz descerra
Pra que sejamos santificados.
Olha, Senhora, que noite escura
Pesa, gemendo, sobre a cidade.
E é tão espessa, que só aclara
Teu olhar santo de Piedade.
Olha, Senhora, quanta desgraça
Pelos caminhos e pelos lares!
Dá que a potência da tua Graça
Sustenta a fúria, domine os mares.
Olha, Senhora, quanta tristeza
Pelos tugúrios sem luz nem pão!
Dá que migalha de tua riqueza
Dissipe as trevas e a inanição.
Olha, Senhora, quanta amargura,
Que sofrimentos no mundo inteiro:
E um gesto, apenas, de tua mão pura
Pode salvá-lo do cativeiro.
Olha, Senhora, quanta maldade,
Quanta ameaça de Sul a Norte!
Tem dó de todos, e tem piedade,
Que é triste e escura, sem ti, a morte.
Nossa Senhora da Conceição,
Virgem bendita, porta dos céus,
Ouve-me a prece do coração,
Ouve os clamores dos lábios meus.
Não pode o mundo, não pode o inferno
Contra um só raio do teu Amor.
E quando queres, junto ao Eterno,
Vemos espinhos mudando em flor.
Ouve meus rogos, Mãe Poderosa,
Dá paz ao mundo, salva a nação,
Tu que é de todas a mãe ditosa,
Nossa Senhora da Conceição.
(Fonte: José Newton Alves de Sousa, Associado da Academia Marial – Academia Marial de Aparecida)