MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Décima Quinta Meditação

15º DIA

Maria meu modelo

Maria e a oração

A oração de Maria era contínua. A oração não é só a palavra de louvor, de agradecimento ou de amor dirigida a Deus; é também, e ainda mais, essa relação habitual entre a alma e Deus. Nada representa melhor do que a vida da criança unida a sua mãe; se caminha, é presa a seus vestidos; se brinda, é volvendo-lhe a cada instante o olhar; se repousa, é em seus braços, ou perto do leito em que a mãe repousa.

Eis Maria e Deus.

A oração de Maria era simples, quando lhe vinha aos lábios. Simples nas palavras e nos sentimentos. Maria adorava, e o dizia; sentia-se agradecida, e o dizia como lhe passava n’alma.

Oh! não sejamos afetados para com o nosso bom Deus! Simples no exterior, Maria orava com muito respeito e modéstia, mas não se lhe notava nada de exagerado, nada de rígido, nada de singular; a calma de sua fisionomia, a serenidade do olhar, a mansidão do todo faziam dizer a quem a via: Fala com Deus.

A oração de Maria era regular. Maria havia determinado suas horas de colóquio particular com Deus e, chegada uma dessas horas, deixava toda ocupação que não lhe vinha da caridade ou dever, e dizia consigo: Vamos, Deus me espera.

Ó minha Mãe, quando, pois hei de orar como vós? Quando é que a oração será para mim a mais séria, e mais importante, a mais amada das ocupações?

EXEMPLO

Maria e a doutrina cristã

Quando o Pe. Smet, da Companhia de Jesus, evangelizava as hordas do Oregon, ao oeste dos Estados Unidos, lá encontrou um orfãozinho chamado Paulo, que tinha grande dificuldade em aprender suas orações e o catecismo. Era um menino piedoso, cheio de candura, incapaz de mentir. Um cristão, chamado João, o ajudava a aprender, e Paulo ia procurá-lo, todos os dias, na sua loja. Na véspera do Natal de 1841, indo lá como de costume e. estando ausente seu mestre, foi obrigado a esperá-lo algum tempo. Enquanto está na loja escura, uma luz viva brilha a seus olhos e do meio dessa luz vê surgir uma Dama belíssima que, num momento, lhe ensina todas as suas orações. Cheio de espanto e de alegria, o pequeno corre ao Padre Smet, e lhe recita perfeitamente as orações. O padre, suspeitando de um prodígio, pergunta-lhe como pôde aprender tudo em tão pouco tempo. Eu vi, disse Paulo, entrar na loja uma Dama, cujos pés não tocavam no chão. Vestia de branco, e tinha estrelas sobre a cabeça. Sob os pés vi uma serpente que tinha nas goelas um fruto que eu não conheço. Vi também seu coração; saíam dele raios de luz que vinham sobre mim. Vendo tudo isto, a principio tive medo; mas depois perdi todo o medo: então meu coração estava ardente, meu espírito claro, e não sei como, num momento, soube todas as minhas orações. Algum tempo depois mostrando-se-lhe uma imagem da Imaculada Conceição: Eis, disse ele, a Dama que eu vi.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

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