MAIO, MÊS DE MARIA

MAIO, MÊS DE MARIA (MEDITAÇÕES)

Vigésima Meditação

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

20º DIA

Maria meu modelo

Maria e as provações

Ó Maria, deixai-me, durante alguns dias estudar vossa vida em seus primeiros anos. Não éreis ainda sustentada pela presença ou pela recordação de Jesus; parecíeis então humanamente mais fraca, e as lições que me destes, por isso, me hão de comover mais e me parecerão mais fáceis de segui-las.

Ó Maria, vossa infância teve esses dias de tristeza e de tédio que pesam sobre meu coração e, algumas vezes, me fazem a existência tão penosa? Teve esses dias de sofrimentos que me deixam quase sempre debulhado em lágrimas? Teve, finalmente, esses dias de contrariedade que me põem inquieto?

— Sim, meu filho, exceto os males que são a punição de um pecado atual ou a consequência das paixões que residem na alma, das quais, minha Imaculada Conceição me isentara, experimentei, como tu, dissabores, contrariedades, decepções.

Sofri como tu, e não quero sair da minha vida infantil, nem recordar meus sofrimentos do calvário, para os quais tive necessidade de uma graça toda particular; meus sofrimentos foram os mesmos pelos quais todas as almas a quem Deus quer mais do que ás outras. Não, eu não fui poupada; o sofrimento não é o pão cotidiano de todos? e um dia sem sofrimento não é um dia sem mérito?

Mas, meu filho, nas horas de tédio eu me chegava mais a Deus, orava com maior fervor, esperava com mais paciência.

As nuvens do coração passam como as nuvens do firmamento.

Nos dias em que meu coração era combatido por uma humilhação, por uma palavra pouco amável, com maior ardor eu trabalhava, e orava com mais piedade.

A oração, o trabalho, deixam sempre o sorriso e a paz.

EXEMPLO

Um devoto do Rosário três vezes

escapa à forca

Brenm, em Babiscconde (Inglaterra), incendiava-se a casa de miss Keyes. Extinto o fogo, foi encontrado o corpo da infeliz senhora crivado de golpes, o que provava ter sido o incêndio proposital, para esconder um homicídio e um furto. Acusado desses crimes, foi preso um certo Lee, que miss Keyes tomara a seu serviço pouco antes. Levado a prisão, achou-se em seu poder uma faquinha e um rosário. Pediu Lee que não lho tirassem porque costumava rezar a coroa todos os dias. Comparecendo ante o júri, declarou ser inocente, mas não foi crido. Os jurados o consideraram criminoso, e condenaram-no a morte. A 25 de fevereiro de 1885 Lee subiu à força. No momento em que deveria morrer, o laço partiu-se; o condenado foi reconduzido ao cárcere. Uma semana depois, Lee foi novamente levado ao patíbulo; novo embaraço, o aparelho não funcionava, o infeliz voltou às galés. Sobe a terceira vez ao patíbulo, terceira vez recebeu as últimas bênçãos do capelão e ainda terceira vez a execução não se efetua. Informado de todo o ocorrido, o subsecretário dos negócios do interior obteve da rainha a comutação da sentença. Pois bem; o mísero era realmente inocente, e fora condenado por erro judiciário. Em abril de 1889, um indivíduo de Babicconde, às portas da morte, declarava ter sido o autor do crime.

(Fonte: livro, em formato PDF, MÊS DE MARIA – Traduzido das Palhetas de Ouro, aumentada com uma coleção de Exemplos para Todos os Dias do Mês por Mons. Dr. José Basílio Pereira, com edição de Carlos Alberto de França Rebouças Júnior, Salvador-Bahia/1953)

Mostrar mais

Artigos relacionados

Translate »
...